26/01/2016

A culpa foi da Martha Stewart

Chego a casa sem nada para o jantar.

 

Entro na cozinha, abro o frigorifico e encontro: um peito de frango assado no forno com limão.

 

Encarno a Martha Stewart que há em mim e decido fazeres-lhe uma receita de “One Pot Pasta a la Mama B.”

 

Massinha, alho, tomate fresco, cenoura aos cubos, orégãos, o peito de frango todo desfiado, água, um fio de azeite e lume.

 

Vou a correr ter com o A. orgulhosa do meu feito enquanto alegremente dizia que o jantar deles estava a fazer e que não teríamos que recorrer a salsichas e ovos.

 

Jantar pronto!

 

Filhos na Mesa.

 

Baby V. só abre metade da boca.

 

Baby M. começa a fazer caretas.

 

Diz o A. entre dentes e baixinho:

 

- B. acho que eles não estão a gostar.

 

Começam os dois a cuspir.

 

- B. eles não estão mesmo a gostar.

 

- Nãooooo? como não? eu fiz isto com tanto amor, inspiração e criatividade.

 

- Puseste um bocadinho de sal?

 

Como defraudar as expectativas de uma Mãe com um simples ingrediente!


❤❤❤❤

 

15/01/2016

Isto de fazer anos...



... a 48 horas de fazer anos paro e reflicto sobre estes anos que provavelmente representam metade da minha vida.

Se tivesse escrito este post há dois dias as palavras usadas talvez fossem bem diferentes, o estado de espirito era outro, a vontade era diferente e não tinha como hoje, o coração na ponta dos dedos. 

Hoje percebo uma serie de coisas que fui ouvindo ao longo da minha vida e que a certa altura não me faziam qualquer sentido, hoje percebo o que é isto da idade ser um posto, de chegar a uma altura que deixamos de fazer "fretes", que as pessoas com a idade se tornam experientes e egoístas, confesso que esta última parte ainda não consigo encaixar, não deveriam as pessoas com a idade solidificar relações, qualquer ela que seja?! não deveriam as pessoas com a idade saber viver melhor em sociedade e dar mais de si?! A 48 horas de fazer 36 anos concluo que esperança é coisa que nunca perderei, que jamais tirarei os óculos cor de rosa e que serei uma eterna sonhadora.

No alto dos meus quase 36 anos sei que a felicidade é realmente efémera, o que é agora pode não ser no minuto seguinte, e  que o truque é sim, almejaremos a serenidade. 

A serenidade, que é sem duvida o meu estado mental mais saudável. É quando todas as minhas emoções, pensamentos e comportamentos agem em uníssono e resultam num sentimento de tranquilidade, gratidão, contentamento, afecto pelos outros e uma profunda paz interior.


A serenidade, que traz ao de cimo o melhor de mim, melhor Mãe, melhor Filha, melhor Mulher, melhor Amiga.


Que os 36 me tragam serenidade! 


❤❤❤❤

07/01/2016

As Mães também ficam doentes

Ao tornarmo-nos Mães não deveria ser permitido que voltássemos a estar doentes.

A realidade é que antes dos filhos era-nos permitido ficar de cama com uma simples constipação mas depois de um filho nascer é nos quase vedado o direito de nos deixarmos abater. 

A rotina da casa e dos filhos continua, e mesmo que estejamos com febre ou com dor, os filhos continuam a precisar de cuidados e atenção, e por mais ajuda que se tenha, há coisas que só as Mães podem. 

Podemos estar com febre, com dor, indispostas ou cansadas que assim que somos chamadas nada mais importa e ainda que arrastadas levantamo-nos ao primeiro chamamento.

E explicar que estamos doentes e que não passa com um beijinho mágico? E explicar que não podemos estar muito perto? E explicar que ao contrário do que julgam não somos infalíveis? 

Começo o ano na outra casa e mantendo a convicção de que ser Mãe tem coisas muito difíceis.


❤❤❤❤

06/01/2016

Slow Parenting


Ser Mãe é completamente impossível de descrever.
É amar incondicionalmente, é rir e brincar, é chorar e desesperar, é transbordar de alegria com um abraço apertado, é sentir orgulho, é sentir medo, é sentir angústia, é sentir felicidade… ser Mãe é tudo isto e muito, mas muito mais. 

É também sentir preocupação, é querer dar o melhor aos nossos filhos e guiá-los da melhor forma para fazer deles pessoas felizes. 
E no meio desta nossa tentativa de dar o nosso melhor é natural que nos deparemos com inúmeras teorias e correntes sobre a melhor forma de educar.
E tão díspares que são! 

Mas há uma corrente que a mim me desperta particular interesse, o “Slow Parenting”.

O "Slow Parenting" defende uma verdadeira desaceleração da vida e a opção por uma educação com menos pressão, menos actividades, menos gadgets tecnológicos, menos compromissos, menos metas e, consequentemente, menos pressa, mais brincadeiras e mais presença, proporcionando uma infância mais tranquila e que permita às nossas crianças explorar o mundo ao seu ritmo.

Querem saber um pouco mais?

Esta teoria do “Slow Parenting” choca com a ânsia dos pais quererem e exigirem que os filhos sejam os melhores em tudo, sobrecarregando-os com actividades extra curriculares que se juntam a cargas horárias escolares pesadas e rotinas rigorosas, pensado que assim os preparam melhor para o futuro e a ter o seu lugar ao sol num mercado de trabalho adulto altamente competitivo, proporcionando o melhor que eles podem ter em termos de educação, para desenvolver todas as suas habilidades e potenciais. 

Tudo isto são formas de pensar e agir cheias de boa intenção e que, inclusivamente, podem exigir sacrifícios por parte dos pais, nomeadamente pessoais e financeiros. 
Mas o “Slow Parenting” defende que é preciso PARAR. É preciso proporcionar uma infância calma e diminuir a velocidade das exigências. É preciso criar espaço para que os pais possam estar mais presentes e deixarem de ler e-mails enquanto brincam com os filhos ou de estar sempre a correr para não chegarem atrasados a compromissos em excesso. 
O que o “Slow Parenting” propõe é resgatar a infância como um período de descobertas e aprendizagens, permitindo que os filhos sejam eles próprios e não aquilo que os pais desejam que eles sejam.

Este movimento baseia-se em alguns princípios. Do que li e pesquisei, basicamente tirei estas conclusões:

1. É importante dar ouvidos às crianças. Ouvir os nossos filhos é fundamental para estabelecer uma relação de amor e confiança. É também importante cultivar a habilidade de os observar, assim como às outras crianças, para podermos ter em conta as diferenças de desenvolvimento em todas as idades. Mas atenção: “dar ouvidos” não é deixá-los fazer o que eles querem: a ideia é permitir que eles sejam quem são mas que não deixem de fazer o que é necessário ser feito. Assim, dizer NÃO é perfeitamente legítimo e necessário, assim como estabelecer limites.
2. O “emprego” das crianças é brincar. Brincar nem deveria fazer parte da agenda da criança: é uma condição do desenvolvimento.
3. Actividades extra curriculares em excesso são de evitar. As actividades extra curriculares podem ser muito boas quando ajudam a exercitar a mente e o corpo, mas são nocivas quando são em excesso. Na verdade, as crianças até aos 5 anos de idade devem aprender livremente e apesar de a partir dessa idade já aprenderem de forma mais sistematizada, as actividades devem ser na dose certa. Por isso é importante aprender a reconhecer quando uma actividade não vale a pena ou deixou de ser produtiva. São aulas de inglês que querem? Que assim seja. São aulas de dança? Que assim seja. Aulas de surf? Que assim seja. Mas não as três…
4. Menos, menos. Menos correria para tudo, menos consumo, menos metas, menos comparações, menos rótulos e mais tempo livre para as crianças brincarem, simplificando-lhes a agenda. 
5. O tédio faz bem. Deixar que as crianças fiquem entediadas é uma forma de fazer com que elas aprendam a ser mais criativas, permitindo a expansão da mente a novos e livres pensamentos. 
6. O ócio familiar é necessário. Reservar algumas horas por semana para “não fazer nada” em família é importante. A ideia é conversar, jogar, cozinhar, etc., sem nenhuma programação prévia. Mas atenção: o “Slow Parenting” não defende o ócio na educação, pois isso pode resultar em pais ausentes e filhos indisciplinados. O ócio deve ser cultivado como um valor e como um momento específico. Como já foi dito, uma criança precisa de rotina e limites. 
7. Fazer novos amigos é fundamental. Quando forem ao parque com os vossos filhos resistam à tentação de estar sempre a brincar com eles. Deixar as crianças relacionar-se com outras crianças é importante. O círculo social dos filhos precisa ser maior do que apenas o círculo familiar.
8. Não pressionar é essencial. O “Slow Parenting” não significa descartar todas as formas de disciplina. A ideia é incentivar as crianças a fazer coisas, a seguir as suas paixões, encontrando o equilíbrio entre as exigências diárias e o que é importante para elas. Para as crianças, compreender-se a si, aos outros e ao mundo já é uma aprendizagem enorme, por isso não faz sentido que os adultos acrescentem ainda maiores exigências sobre elas.


Slow Parenting = mais brincadeira e menos compromissos

Créditos: Ties

Créditos: GPE Photography

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Post escrito em parceria com a Zaask

01/01/2016

Bem vindo 2016!


Ela pequenina sentada na cadeira pequenina, ele pequenino encosta-se a ela com a mão pequenina nos seus joelhos, envolto nos seus braços pequeninos ela baixinho diz-lhe segredos, ele ri-se baixinho. 

Assim começou 2016. 

Isto é tão grande! 

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