17/01/2019

39 ♥️




Continuo a sentir que dentro de mim ainda há uma miúda que continua, demasiadas vezes, a sonhar com os pés fora dos sapatos, com a cabeça nas nuvens e com o coração na ponta dos dedos, acredito firmemente que nunca o deixarei de sentir, não fossem todas estas características condição inerente à minha essência. Essa miúda deixou de ter complicómetro, isto se algum dia o teve, agarra com intensidade o que a faz feliz, não se resguarda minimamente dando-se sempre a conhecer com poucos filtros, tem ainda sonhos de menina por realizar, mantém a mesma garra e vontade de ir que a caracterizava na adolescência, tem cada vez mais a capacidade de se deixar levar pelo leve da vida, consegue cada vez melhor colocar-se dentro de uma bolha e abstrair-se do que a incomoda, há quem chame desapego, eu prefiro chamar capacidade de encaixe ou adaptação às intempéries da vida, consegue com menos medos e receios dar sopros de coragem que a fazem voar e acreditar que quem tenta terá sempre uma história para contar, tendo já adquirido a humildade necessária de assumir os seus erros e defeitos se a história não tiver um final feliz, esta miúda quer continuar a ter força para saber lutar por aquilo em que acredita, pois a vida já lhe ensinou que na vida nada é garantido e nada lhe é oferecido numa bandeja, esta miúda encontra nos seus filhos o seu norte, é movida pelo amor e pelas diferentes formas de amar, quando não sabe o que fazer deixa fluir e confia que o tempo saberá o que fazer. 

Bem vindos 39 ♥️

♥️♥️♥️♥️