22/09/2016

Do Outono...

(Fonte)


Ontem perguntava-me a M. se faltava muito para irmos de férias, não sabia se havia de rir ou de chorar com a inocência de tal pergunta.

À semelhança do ano passado tentei explicar-lhe que o Verão acabou e que agora chegava o Outono, no fim, e com ar intrigado e desconfiado, questiona: 

- Mas no fim de semana vamos à praia não vamos? 

- Não sei, se calhar já não está calor. 

- Então se não formos à praia, vamos à piscina?

Imprimi esta história para a M. levar para a escola amanhã, talvez esteja sugestionada quando constantemente digo que "o Verão é que é bom", que "Não gosto do frio e da chuva, gosto de calor e de sol e sou mais feliz no Verão". Talvez a Professora J. a consiga convencer.

Quem sabe há por ai mais meninos com dificuldade a encarar o Outono :-) 

Boa história!

❤️❤️❤️❤️

20/09/2016

Da Minha Maternidade

maternidade    
ma.ter.ni.da.demɐtərniˈdad(ə)
nome feminino
1.            qualidade ou estado de mãe
2.            estado de gravidez; gestação
3.            relação afetiva entre mãe e filho(s)
4.            DIREITO vínculo jurídico que existe entre a mãe e o filho
5.            estabelecimento hospitalar, público ou privado, ou parte desse estabelecimento em que é feito o acompanhamento de mulheres grávidas e em trabalho de parto
6.            RELIGIÃO tratamento dado às religiosas que têm o título de madres


Quando conto que tenho um blog perguntam-me de imediato: Sobre quê?

Antes de responder faço questão de explicar que não sou blogger, conto a razão pela qual o blog nasceu e refiro que tenho a certeza que se a gravidez do V. tivesse sido “normal” este blog não existia, e acabo por responder: Ao contrário do que esperas este não é para mim um blog de maternidade! e concluo dizendo que este é sim, um blog sobre mim, sobre nós, para mim e para eles.

Lembro-me de no primeiro post deste blog a minha amiga I. ter comentado: “Matarei, por esta via, a minha sede da tua ciência tão valiosa e que sempre me apazigua o espirito no que respeita à L.. E irei, seguramente, deleitar-me com cada pedacinho da tua partilha!”

A realidade é que a minha ciência não é assim tão valiosa, assumir que isto é um blog de maternidade aliado à enorme responsabilidade estaria também uma ponta de pretensiosismo, pois a minha maternidade resulta de conhecimento empírico e não de horas de estudo ou leitura para que eu possa opinar sobre o que é melhor ou pior, porque isto da maternidade tem muito que se lhe diga, porque o que é para mim não é para ti, porque eu faço e tu não fazes, porque o que serve para mim pode não servir para ti, porque as minhas escolhas não são as tuas, mas basicamente, porque eu não sou a Mãe que tu és e eu não tenho os filhos que tu tens.

A minha maternidade é uma maternidade simples, não vivo obcecada com a opção pela amamentação em exclusivo ou pela opção pelo LA, não defende o uso de fraldas descartáveis ou fraldas orgânicas, não habita a polémica da pratica ou não pratica do co-slepping, a minha maternidade adapta-se às necessidades e gostos de cada filho.  

A minha Maternidade, não são só alegrias, mas não são só tristezas, não é um sentimento único e imutável, mas é indescritível, tento ser e fazer o melhor que consigo e não julgar os que fazem ou sentem diferente.

A minha maternidade não é o que se vê nos filmes, a minha maternidade todos os dias me esfrega na cara que tenho que continuar haja o que houver, porque isto não é um round trip ticket, e por isso às vezes dá medo mas também me estimula, e não, não é só amor, tento sempre aceitar as emoções e os sentimentos, sejam eles quais forem, sem negação, sem julgamento, sem culpa, assumindo que às vezes estou triste, cansada, tenho medo, sem nunca gostar menos deles por isso.

Na maternidade tende-se a ter medo de assumir outros sentimentos, porque a sociedade nos convenceu que na Maternidade só o amor pode existir sem dar lugar a outros sentimentos, mas não há nada de errado quando me irrito, estou cansada e sem paciência, não sou menos Mãe ou pior Mãe por isso. Não sou uma Mãe que está por trás de uma tela de cinema, eu falho, erro e fracasso, mas  pelo meio, tento, de forma serena, superar os erros e falhas, não com o objectivo da perfeição, mas com o mesmo objectivo da lagarta que vira borboleta, uma metamorfose materna sempre em busca do meu melhor.

A minha maternidade não é igual à tua, nem igual à de ninguém, aceito a minha, aceita a tua, sem procura de modelos ou padrões.

Assumir o que somos e como somos, até na maternidade. 

❤️❤️❤️❤️

08/09/2016

À minha amiga J. ♡


(do tempo dos Segredos ♡)


Conheço-a há mais de metade da minha vida.

Conheço-a do tempo da escola, conheço-a desde os tempos em que a nossa vida era uma festa e tinhamos poucas responsabilidades. 

A Joana vai casar!

Há quem tenha o coração na boca, às vezes tenho o meu na ponta dos dedos, não sou escritora, mas devo-lhe estas palavras.

A Joana é minha amiga, mas não é uma amiga qualquer, a Joana é minha AMIGA!

Já muito caminhamos juntas por este mapa da vida mas sei que ainda há tanto que nos falta caminhar, descobrir e viver.

O mais bonito da nossa amizade é: Sentir! Às vezes não precisamos de ver, estar, ouvir, tocar, basta sentir. A amizade constrói-se e alimenta-se, por vezes, de coisas invisíveis como as recordações, o respeito, a confiança, a cumplicidade, e isso sente-se, não se vê, não está, não se ouve, não se toca. 

Aprendi contigo o valor de guardar um segredo, éramos pequenas, não me recordo dos segredos, foram muitos, mas lembro-me de me pedires “não digas a ninguém” e de eu te pedir “guarda para ti”, e eu nunca disse e tu guardaste sempre, o silêncio entre duas amigas é precioso e serve de alimento à amizade.

Vivemos juntas momentos daqueles que não se apagam da vida, crescemos juntas, vivemos amores e desamores, sucessos e insucessos, casaste-me, agora eu caso-te, perdemos filhos juntas e ganhamos filhos juntas, em tudo, tu estavas lá para me erguer e eu estava lá para te dar a mão enquanto enxugávamos as lágrimas de tristeza e de felicidade uma da outra.

E quando às vezes perdemos o “nosso” norte, a vida é sábia e encarrega-se de nos encaminhar e levar de volta ao mesmo sentido, como duas crianças de mãos dadas que acabam por fazer um roda que gira no mesmo sentido ao som de uma lenga lenga que repetem sem se cansarem. Sabes que os amigos são como a música? Entra no ouvido, mexe connosco, deixa marcas na vida e tu, és uma das minhas músicas preferidas. 

Hoje, passados mais de vinte anos, sinto-me feliz por fazer a partilha desta amizade e da pessoa especial que és com mais alguém que igualmente especial, veio enriquecer a minha/nossa vida.

A vida por vezes leva excesso de bagagem, a tua amizade não conta.

Sê feliz meu amor. 

❤️❤️❤️❤️

06/09/2016

Do Novo Ano Lectivo...


As águias constroem ninhos em lugares altos para que estes estejam seguros e nada nem ninguém os consiga alcançar.

Os bebés ali estão, no seu porto seguro, a receber comida na boca, quentinhos, confortáveis e protegidos.

Mas, alguma vez viram como as águias ensinam os filhos a voar? 

Num minuto estão aconchegadas no ninho quentinho, confortável e protegido, e no minuto seguinte são arrastadas para fora do porto seguro pelos seus próprios pais.

À medida que os bebés são empurrados, batem as asas a medo, em pânico e acredito que também chorem.

Mas, lentamente, vão-se tornando mais fortes e mais capazes.

Os pais sabem o que estão a fazer.

Sempre que os seus bebés começam a perder o equilíbrio, os pais amparam, seguram e levantam, vez após vez, até que por fim o bebé aprende a fazer aquilo para o qual nasceu – VOAR!

❤️❤️❤️❤️

05/09/2016

04.09.2010



A esta altura já consegui perceber que isto do Amor não é um conto de fadas.

Muitas vezes preciso de respirar fundo e insistir, mesmo quando às vezes me dá vontade de desistir.

Podia fazer um post a dizer que estes 6 anos de casamento foram maravilhosos, que somos muito felizes, que fomos feitos um para o outro, que não vivo sem ti, que não vives sem mim e que somos uns sortudos. 

Treta!

O amor tem muito pouco ou nada a ver com sorte. 

Pode até ter sido uma sorte o momento em que apareceste na minha vida, mas também pode ter sido um acaso ou uma coincidência. 

A verdade é que a vida a dois precisa de muito mais do que sorte.

Há dias em que tudo é tão simples que nos entendemos só com um olhar, com um sorriso ou com um abraço.

Mas há dias em que discordamos de tudo, da música, das cores, dos horários, do tempo.

Não é fácil conviver com as diferenças, é preciso ser paciente, compreensivo, é preciso saber ouvir e o nome não é sorte, é tolerância. 

Assim como não é fácil viver nos dias em que discutimos, que gritamos, que mal nos falamos, mas que depois lá nos acertamos, as feridas vão cicatrizando, o tempo esbatendo as marcas e o destino vai-nos dando novas oportunidades que vamos sempre agarrando, e mais uma vez, o nome disto não é sorte, é compreensão, é perdão, é capacidade de superação. 

Também no casamento nos precisamos de reinventar, sair da rotina, não deixar cair na monotonia e embora sejas quase exímio nesta arte, esta não é uma tarefa fácil, mas também não é a sorte que nos abraça, mas sim a criatividade, o tempo, a capacidade de abrir mão e a dedicação.

Ouvir que me amas, ouvires que te amo, assumir o que sentimos um pelo outro também não é sorte, prefiro dizer que é coragem, é ter a coragem de assumir em pleno um compromisso sem tabus e sem vergonhas. 

Um “felizes para sempre” requer muita dedicação, renúncia, persistência e paciência, dá trabalho, é preciso cuidar para não perder, é preciso valorizar, é preciso empenho e dedicação, e nós, somos muito melhores juntos a perceber que amar é muito mais do que ter sorte.

❤️❤️❤️❤️

02/09/2016

RESULTADO Passatempo - Onde vais Safira?



E a Safira vai morar para a casa de...

Lúcia Brandão 

Parabéns! 





Por favor entre em contacto directo com a Safira através de mensagem na sua página de Facebook.

Obrigada a todos os participantes. 

❤️❤️❤️❤️

01/09/2016

Voltaram...



ontem!

Voltaram depois de uma semana de férias.

Não importa quanto tempo, quantos dias, quantas horas, quantos minutos estou longe deles, o desassossego é sempre igual.

Abraços apertados,

Gargalhadas sonantes,

Gritos pequeninos de felicidade, 

Beijos sem fim,

Três corações a fazerem uma festa,

Quando ontem entraram pela porta de casa nos meus olhos acenderam-se luzes de natal e dentro de mim rebentou fogo de artificio.

Depois do turbilhão da saudade e da ausência, tudo acaba, para dar passagem à serenidade e ao amor.

Eles chegaram.

A casa está cheia, tudo volta a ter vida, tudo está completo.

Acomodam-se no colo, encaixam a cabeça no peito, entrelaçam os braços no pescoço, deslizam os dedos pelo meu cabelo e sorriem.

Sorrisos nervosos e incrédulos, sorrisos próprios de quem chegou ao seu porto seguro.

Acalma coração, respira alma, sossega cabeça, os meus filhos estão em casa. 

❤️❤️❤️❤️