22/05/2014

Nasceu!

Baby V. Nasceu! 

Correu tudo bem.

Não sabia o significado do nome dele mas assenta na perfeição. 

Quando formos para casa conto tudo. 

Bjs

💙💙💙💙

21/05/2014

2 meses de Blogue!


No dia em que o blogue faz 2 meses atingimos as 10.000 visualizações!


UAUUUUUUUUUUUUUUU que feliz! 


Muito obrigada por estarem desse lado e por me fazerem sorrir todos os dias mesmo quando não tenho muita vontade.

Por vossa culpa apaixonei-me por este pequeno cantinho que nunca pensei que me desse tantas alegrias e me ajudasse tanto.

Nunca pensei que alguém lhe achasse piada assim como nunca pensei que fosse possível ser tão acarinhada.

Ainda bem que tive coragem para fazer "nascer" este meu bebé.

Um grande bj a todos. 




Adivinhem quem se foi embora hoje?


Conseguem adivinhar? 

O ninho e o escritório! Lembram-se?

Passados quase 6 meses esta noite volto a dormir na minha cama.

Mais uma vez volta aquele sentimento esquisito, um vazio, tal como o lugar onde estava a cama. 

Não gosto de mudanças, no entanto quando elas acontecem muito facilmente me adapto e a realidade é que o "ninho" já estava adoptado como a minha cama e a mesa como o meu local de trabalho.

Mas a verdade é que aos poucos parece que as coisas se estão a compor e a voltar ao normal J


Adeus ninho! Adeus escritório! E não vos digo até à próxima! 



20/05/2014

As fotos de Sábado



Um bocadinho da nossa sessão com a Catarina da Ties

Não podia não partilhar com vocês ainda por cima a 1ª foto :-) 











A contar os dias...




Sinto-me esquisita, nem consigo explicar muito bem o que sinto.

Estou a contar os dias e ao mesmo tempo a olhar para trás e a fazer uma retrospectiva de tudo, bem na realidade é mais uma introspecção, e nem consigo acreditar no tempo que passou, realmente o tempo voa, assim como nem consigo acreditar naquilo que vivi, o quanto foi mesmo muito difícil, apesar de eu tentar apaziguar sempre tudo o mais possível. 

A sensação que tenho é que andei a pairar no ar e que agora estou a por os pés na terra, é uma sensação de meia perdida com saudosismo (estranho não é?) com o ter que enfrentar uma nova realidade quando me sinto na lua, aquela sensação de não acreditar bem no que aconteceu, a sensação de que estive num sonho e que acordei, eu disse que não conseguia explicar muito bem, é esquisito! 

Dou por mim a pensar em coisas parvas, não estou nervosa nem ansiosa nem com medo, até porque já sei ao que vou, mas tenho pensado em coisas mesmo parvas e sem sentido.

A gravidez da M. foi toda uma magia, tudo foi um entusiasmo, lindo e maravilhoso, apesar dos percalços que também vivi na gravidez dela, mas estar grávida dela foi sem duvida o estado que mais gostei de estar em toda a minha vida.

Dele não foi tudo assim, não só pelo óbvio, mas talvez por ser o segundo filho e não haver o factor novidade, já sabia o que me esperava (julgava eu).

Ontem estava a ver umas fotografias minhas grávida da M. e grávida do V., e quase que se consegue dizer que são duas pessoas diferentes, o sorriso e a felicidade da gravidez da M. foi tomado por um ar pesado, cansado, magro, olheirento e pouco saudável da gravidez do V. 
E dei por mim a pensar, como é que é possível? e de alguma forma isso entristeceu-me.

A coisa mais parva que tenho pensado é: será que vou gostar tanto dele como gosto dela? É óbvio que sim, eu sei que sim!

Estou desejosa de o ver e de o encher de beijos e de lhe dizer ao ouvido o quanto foi um valente, um corajoso, um campeão, um lutador e que tenho já um orgulho imenso dele.

Mas a realidade é que este pensamento me assalta muitas vezes o pensamento, e depois fico com a consciência pesada por ter este tipo de pensamento que não tem outro nome senão parvo e descabido. 

Alguma mãe com mais do que um filho que me diga se isto é normal para eu ficar mais descansada!

Afinal coração de mãe tem espaço para todos os seus filhos, certo? 





19/05/2014

Fim de semana em cheio!




Este foi o último fim de semana sem o Baby V.

Sim está quase, vai ser esta semana, e vai ser antes das 36 semanas, ainda é considerado prematuro certo? 

Fiz os corticóides às 32 semanas o que me descansa um bocadinho, mas a médica diz que nesta altura é preferível nascer já do que corrermos o risco da infecção mistério passar para ele, sinceramente, prefiro não pensar muito e entregar-me nas mãos de quem sabe. 

Perante o cenário, abusei a sério este fim de semana, confesso-me muito mal comportada. 

Sábado fomos almoçar fora, comi risoto e rematei não com uma mas duas fatias de pizza de nutella, e não, não medi os diabetes a seguir preferi ficar na ignorância e aproveitar o excelente almoço e a minha M. que no alto dos seus 18 meses se portou tão mas tão bem no restaurante.

Viemos descansar um bocadinho a casa e de seguida fomos fazer uma sessão com a Catarina da Ties, era imprescindível. 

Descobri a Catarina quando estava grávida da M., "apaixonei-me" por ela só de a ler, depois conheci-a pessoalmente e nunca mais a larguei.

A Catarina tem estado connosco em todos os momentos, gravidez da M., nascimento da M., batizado da M., 1º aniversário da M., 1º natal da M. e agora na gravidez do V.

A Catarina teve o privilégio de fotografar o que eu desejava desde Dezembro, pegar na M. ao colo, acho que não preciso de descrever o quanto foi bom. 

Não troco esta fotografa maravilhosa por ninguém e sei que vai continuar na nossa vida. 

A festa continuou, de seguida fomos ao aniversário da minha sobrinha B.,  e eu continuei a comer tudo o que me apeteceu, embora em quantidades reduzidas, mas comi e soube-me tudo tão bem.

Continuei sem medir os diabetes, foi um dia de ignorância. 

Domingo, fomos também almoçar fora, mas vá portei-me bem.

De seguida fomos dar um passeio e antes de vir para casa comi um gelado. 

Deitei-me de rastos nos dois dias, mas depois de todos estes meses complicados estes pequenos prazeres da vida para mim têm outro sabor, outro valor, esta experiência ensinou-me a dar mais valor a pequenas coisas que parecem banais, bem sei que os abusos que descrevo para muitas pessoas não são nada de mais, são até normais. 

Para mim não, para mim é sair completamente de tudo o que me foi vedado e proibido desde Dezembro, levantar-me de uma cama, andar em pé, sair de casa, comer o que quero sem pensar e espantem-se domingo até prescindi do banco na banheira e tomei um duche rápido em pé. 

Os próximos dias serão de calmaria e bom comportamento, prometo! :-) 









16/05/2014

Do cansaço!




Hoje estou literalmente assim, prostrada! 

Não me apetece fazer nada de nada, e ainda tenho aqui uns últimos preparativos pendentes. 

Nesta última semana comecei a ficar muito cansada fisicamente, não percebo porque, passo o dia na cama sossegada, mas a realidade é que estou cansada, um cansaço que se instalou assim de repente. 

As noites nunca foram fáceis ao longo de toda a gravidez,  e já são muitos meses a dormir mal, talvez seja acumulação disso mesmo, noites mal dormidas. 

E quando se tem um bebé que já na barriga da mãe tem vontade própria menos fácil fica ainda, baby V. não gosta nem permite que eu durma para o lado esquerdo, só me quer virada para o lado direito, até chegar a altura em que começo a ficar dormente e ai tenho que me levantar e inventar qualquer outra posição, bem como, tem aumentado a vontade de ir à casa de banho a meio da noite mas isso acho que já é culpa do rabinho de porco.

E não me parece que a tendência seja melhorar. 

Entretanto deixo umas dicas para as mamãs dormirem melhor.  

Espero que com vocês resulte.  







15/05/2014

Das coisas que me apetecia!


No outro dia perguntava-me uma amiga: O que é que te apetecia mesmo mesmo fazer?

A minha resposta foi automática, sem pensar, sei tão bem o que me apetecia.

Era isto: 


- NADAR

Há meses que digo que queria tanto mas tanto nadar!
Talvez pela sensação de leveza, pela sensação de liberdade.
Será certamente das primeiras coisas que vou fazer assim que tiver capacidade física para isso.



- CONDUZIR

Não pego no carro desde Dezembro. 
Nunca percebi muito bem este fenómeno das saudades de conduzir, quantas vezes dou por mim nas férias a dizer que tenho saudades de conduzir, isto acontece a mais alguém? 



- COMER OU UM OU OUTRO 

Isto já não é novidade :-) estou farta de falar neles.
O pastel de nata é o meu bolo favorito desde sempre, adoro! 
A bola de berlim é bolo que só como na praia, mas muito sinceramente nesta altura do campeonato um ou outro são bem vindos. 
E eu não sou nada gulosa, mas o fruto proibido é sempre o mais apetecido. 

  vs. 








14/05/2014

Desafio Culinário


Hoje foi outra vez dia de médica, fomos mostrar a eco feita ontem, foi a última consulta. 

Está um calor maravilhoso, adoro calor, por mim eram assim os 12 meses do ano. 

O A. levou-me a comer um gelado, soube-me pela vida e modéstia à parte eu merecia :-) 

E falando em comida e coisas boas, ando ao tempo para vos contar sobre um desafio culinário. 


Sem Espinhas   vs.

Pessoas que gostam de cozinhar já conhecem o blogue Sem Espinhas

A Ana é uma apaixonada pela cozinha e adora ser desafiada, e na sua página de Facebook  (já fizeram um like? Façam que vale a pena ser seguidor assíduo) lançou um desafio aos seus seguidores, um desafio onde pretendia ser desafiada: Ainda ninguém me propôs um desafio culinário. Quem se atreve?

Eu que também adoro desafios, desafiei-a: Queres um desafio???? então faz um mega bolo daqueles de babar só de olhar, para uma grávida diabética! I'm waiting!

Ela aceitou! 

Foi uma corajosa, até porque eu também adoro o mundo da culinária e quando soube que tinha diabetes gestacionais, bem procurei umas receitas de bolos mas não encontrei nada, nada, nada...

Agora estou à espera ansiosaaaaaaaaaaaaaaaa pelo resultado, porque ainda por cima tenho a certeza que a Ana vai estar à altura e me vai surpreender.

Depois conto e mostro tudo! 













13/05/2014

Os outfits do Baby V.


Hoje e amanhã é dia de médicos, hoje fomos fazer a última eco, baby V. ora está sentado, ora está atravessado, não deixou ver muito bem a cara e do pouco que conseguimos ver afigurar-se um mini A., a médica diz que tendo em conta a história desta gravidez que ele está óptimo e vai ser muitooooo cabeludo, tal como a M. foi.

Entretanto fomos também ao Urologista que continua sem saber a que se deve a infecção do último fim de semana, antibiótico para manter, bem como, o rabinho de porco que só depois do V. nascer se pensa em tirar. 

À cautela a mala está pronta. 

Nunca se sabe quando é que vamos ter que voltar a sair à pressa e correr para o hospital. 

Antes de a fechar partilho com voces os outfits do Baby V. para os primeiros dias na maternidade.

O pai, mega Benfiquista e que surfa umas ondas, está doidooooooooooooo, só diz que o filho vai ser um betinho :-) :-) :-) eu avisei, baby que é baby independentemente do sexo é príncipe no primeiro mês.

1º Dia 
Body de gola - Patinhos
Cueiro - Home Made por uma Tia muito Talentosa
Sapatinhos - 
C and F newborns


2ª Dia 
Camisa - Zara herdada da M.
Fofo - Patinhos 
Sapatinhos herdados da M. - Hands With Art



3º Dia 
Tudo - Leite Creme *
(* Descobri há pouco tempo e estou fã)


12/05/2014

Outra vez em casa






Ontem voltámos para casa!

Foi uma espécie de fim de semana fora, eu percebo, o V. devia estar fartinho de estar em casa e quis mudar de ares.

Chegou-se à conclusão que foi uma infecção, mas não se sabe onde nem porquê, mudou-se o antibiótico, os valores começaram a baixar, as dores a apaziguar e voltei. 

Sei que a alta foi dada um bocadinho a medo, perguntaram-me mais do que uma vez: 
Tem a certeza que quer ir para casa? Sente-se confortável em ir para casa?
Mas queria mesmo vir, não estava a suportar estar no hospital desta vez, estou muito saturada. 

Eu que nem nunca fui uma grávida de me enjoar com cheiros, o cheiro daquele hospital enjoa.

Ontem à noite, por volta da meia noite, as dores voltaram, nem estava a acreditar, tinha saído do hospital nem à 12 horas, ben u ron e brufen, e até agora parece que está tudo bem outra vez, mas sinto que isto não está tudo a 100%, aguardar para ver. 

Amanhã temos a última eco e 4ª feira consulta com a médica, e sim já vamos marcar um dia para ele nascer.

Como ela já diz, já chega!  Já chega para mim e já chega para ele.

Baby V. vai mesmo chegar em Maio. 












10/05/2014

Uma mão cheia!




E com este contamos 5!  5 internamentos, uma mão cheia!

De todos até então este é sem duvida o que mais me está a custar, acho que me mentalizei que só ia voltar quando fosse para o V. nascer mas não LLL

As dores voltaram, associado às dores sangue na urina, mas ainda não se percebeu muito bem o que se passa, esperar para ver e exames atrás de exames outra vez e sem qualquer perspectiva de saída, pelo menos desta vez a medicação está a resultar e as dores estão a ser muito mais fáceis de suportar.

O rabinho de porco, esse ao contrário do que eu ainda pensei está no sitio. 

O V. está óptimo, literalmente sentado à espera. 

Ontem estava a tomar um bocadinho de atenção ao que se passa nos corredores deste hospital, e as auxiliares e enfermeiras falam entre elas por números de quarto, a senhora do quarto x precisa disto, a senhora do quarto y está a chamar, o meu quarto não tem um número, tem um nome, o meu nome! 

Falam de mim como se eu fosse um "dado adquirido" deste hospital, chegam aqui e dão-me um beijinho ou um abraço de solidariedade, é bom, ajuda um bocadinho. 

Entretanto, mais uma vez estou privada da M., ela não gosta muito de vir cá, parece que percebe, e o A. não a traz todos os dias, vamos tentando dosear a situação. 

Para tentar colmatar a privação, fazemos uso das novas tecnologias, como o Skipe, ela passa o tempo todo a dizer mamã e cada vez que o diz, por muito que queira explicar, não consigo dizer o que sinto, é muito além de me sentir triste, custa-me muito. 

Até porque eu também tinha posto como barreira as 34 semanas para pegar nela ao colo e também esse plano me saiu furado. 

Já é  muita coisa a não correr como previsto e por muita boa vontade que se tenha, todos temos dias menos fáceis.

A frase que mais oiço: Quando ele nascer esqueces-te de tudo! 

Não se esquece, acreditem que não se esquece, assim como nunca consegui esquecer que antes da M. estive gravida duas vezes, e já lá vai um tempo, muito menos vou esquecer esta gravidez.

As consequências desta situação têm-se feito sentir a curto prazo no nosso seio familiar, acredito que ainda perdurem durante um tempo e que se façam também sentir a longo prazo.

Agora nada mais me resta senão esperar, esperar para perceber o que se passa, esperar por aquilo que os médicos vão decidir, esperar para voltar a casa. 





08/05/2014

Verdadeiras Mães Reais






Ontem estava a ler isto e a concordar com cada palavrinha, uma a uma sem tirar nem por.

Mas isto existe onde? Na casa das mães que têm possibilidade de ter empregadas ou avós com grande disponibilidade, só pode! Ah e nós filmes também.

A realidade é que enquanto mães nos anulamos muito em prol dos nossos filhos, senti MUITO isso depois da M. nascer, e olhem que eu até me considero uma vaidosona e tento sempre sair de casa a sentir-me bem comigo própria, mas muito sinceramente, a maioria dos dias não há maquilhagem que salve o que quer que seja e quando me olho ao espelho perto da hora do almoço, a cara que aparece já é de fim de dia a pedir cama e descanso.

Com dois, acho que prefiro nem pensar como é que vai ser.

A verdade é que para muitas de nós a prioridade são os filhos, para mim a minha prioridade é sempre ela e consequentemente será ele também, não me queixo, isso faz-me feliz e muitas vezes é uma opção minha, mas sei que por vezes deveria fazer um esforço e tentar dar um bocadinho mais de atenção a mim própria, mas às vezes é tão difícil, é ficar a sentir-me mal comigo própria por a deixar, também vos acontece?

Bem mais isto tudo para vos dizer que entretanto vi estas fotos e quis partilha-las porque isto sim é a realidade.

Os filhos deixam várias marcas, as físicas carregamos o resto da nossa vida e há coisas que por muito que se tente não voltam mesmo ao lugar.

Eu por exemplo, sinto-me literalmente um caco, imaginam o que acontece ao corpo de uma pessoa há quase 6 meses numa cama e grávida?! O que vale e por incrível que pareça é que até ver engordei 7 kgs, tinham sido 8Kgs mas a semana passada foi 1Kg ao ar, o que me consola quando me olho ao espelho é esta barriga redondinha.

Claro que tudo vale a pena, agora não venham é atirar areia para os olhos das verdadeiras mães reais, daquelas que trabalham a sério, que têm uma casa, marido e filhos às costas e tudo o que dai advém. 



07/05/2014

Miau...




Ah....Calma, depois percebi que estava a sonhar

vi-me ao espelho e afinal estava gata mas borralheira, com um herpes gigante no lábio superior e no lábio inferior, pelo menos assim ninguém se zanga e não temos cá invejosos! 


Diz que quando temos herpes durante a gravidez que eles ficam imunes, pelo menos isso, espero que seja mesmo verdade. 

Diz também que é sistema nervoso, mas nervos de quê? Eu, a calmaria em pessoa. :-) 







06/05/2014

Em modo...


       a cantar para o V.! 

       quem canta seus males espanta certo? J



05/05/2014

Maio!




Maio! Querido Maio, vais ser mais bondoso que Abril?

Não é Maio o mês das andorinhas, das flores, do calor, assim mês de coisas boas?!

Estou para ver, a ver se não me vais desiludir, sim porque eu até gosto tanto de ti, e nem me importava que o V. fosse de Maio.

Entretanto com este grande susto voltámos um bocadinho atrás, novamente mais tempo de cama e menos liberdade aqui por casa, vim um bocadinho mal tratada para casa, cansada, com sono e nódoas negras das centenas de picas para dar e vender, as instruções são de repouso e calmaria o mais possível.

Estava eu desejosa que chegassem as 34 semanas para finalmente tomar coragem e pegar na M. ao colo e mais uma vez vamos ter que adiar esse plano. 

Tenho medo, tenho muito medo que o rabinho de porco não goste dessas aventuras.

Tem estado tudo mais ou menos calmo, com alguns desconfortos, dores muito ligeiras e passageiras, mas o sentimento e estado de espírito mudou um bocadinho, a insegurança, receio e o pouco à vontade voltaram. 

Estamos novamente naquela fase em que se vive um dia de cada vez.

Uma semana sem abrir o PC traduz-se num amontoado de trabalho que me vai dar água pela barba a recuperar, pelo menos estou distraída.


Maio, ao contrário de Abril não te vou pedir nada, surpreende-me! 




04/05/2014

Feliz dia da MÃE!



No dia da Mãe não vou falar de mim enquanto Mãe, vou falar da melhor Mãe do Mundo - a minha Mãe.

Se há pessoa que tem estado de pedra e cal ao meu lado, que se mudou cá para casa de armas e bagagens, que se anulou enquanto pessoa, melhor, que anulou toda a sua vida para poder cuidar de mim foi ela.

Foi ela que de repente deixou de ter uma filha e ficou com 4, eu, o A., a M. e o V., é ela que têm a maior responsabilidade deste barco ter andado até então.

Mesmo nos momentos mais complicados, o seu discurso foi sempre positivo, sempre de força e esperança e sempre sempre sempre com um sorriso nos lábios.

Ser mãe é sem dúvida o maior papel que uma mulher desempenha ao longo da sua vida, a responsabilidade de colocar um filho no mundo e prepará-lo para o mesmo, é um desafio cheio de barreiras, dificuldades, manobras perigosas mas acompanhado das maiores alegrias vividas e sentidas.

Todos nós achamos que a nossa Mãe é a melhor Mãe do Mundo, é óbvio que é um cliché, até porque, quantas vezes dei por mim a pensar nas atitudes da minha mãe para comigo e a dizer para mim própria, quando for Mãe não vou dizer isto ou fazer isto aos meus filhos!

A realidade é que não há mães perfeitas, todas falhamos em qualquer altura, todas nem que seja uma vez na vida temos sentimento de culpa relativamente aos nossos filhos, porque lhes falámos mal, porque lhes ralhámos sem motivo, porque não tivemos a paciência que deveríamos e quantas vezes descarregamos neles assuntos que em nada lhes compete.

Sou a única filha da minha mãe, e acho que ela fez comigo não um bom trabalho, mas um excelente trabalho (gaba-te cesta J), ela é sem duvida a minha melhor amiga, a minha companheira e confidente, e não há um passo que dê sem a consultar.

E parece que a M. segue os passos da mãe e já nutre pela Avó um sentimento muito idêntico, podemos perguntar-lhe por todas as pessoas, onde está o Pai? Onde está a Mãe? Mas quando se pergunta onde está a Avó, toda as suas feicções se alteram, fica com um sorriso gigante e os olhos até brilham, como quando ficamos emocionados e as lágrimas nos chegam aos olhos de alegria.

A realidade é que é inexplicável aquilo que temos e sentimos uma pela outra, falamos com um simples olhar, um simples gesto, um simples suspiro, conhecemo-nos como ninguém.

Para tudo na vida é preciso um bocadinho de sorte, e eu tive a sorte de nascer tua filha.

Podes não ser a melhor mãe do mundo, mas eu também não sou a melhor filha do mundo, mas és a MINHA e eu não saberia nem queria ser filha de mais ninguém.

E o tal sentimento de culpa, não o tenhas, tal como eu não tenho por saber que por vezes te respondo mal e sou até mal educada, mas o nosso amor tem a capacidade de superar tudo.

Afinal ter Mãe e ser Mãe é ter a sorte de sentir o Maior Amor Existente!

Um dia feliz para todos, para as Mães e para os filhos em especial!

♡♡♡♡



03/05/2014

Em casa!


Os níveis da infecção mistério baixaram, embora ainda não estejam óptimos deixaram-me vir para casa. 

Passar o dia da Mãe em casa, tão bom! 

Estava um bocadinho angustiada por ter que passar o dia da Mãe longe da M., da minha Mãe e da minha Avó.

Foi assim que me despedi do hospital, espero só voltar para o V. nascer. ESPERO!!!!!!!!!!!!!!

                               


02/05/2014

Eu, o V. e o Rabinho de Porco!

Quem me segue no Facebook tentei de alguma forma dar feed back que se passava qualquer coisa, quem me segue no Blogue não deve estar a perceber esta ausência…

Abril, eu não te pedi para passares a voar e para não me pregares partidas? Qual é que foi a parte que foi em estrangeiro e não tens dicionário?

A ver se consigo explicar tudo de forma sucinta (não vai ser vai fácil, vai ser lamechas, extenso, chato, mas principalmente doloroso, aviso aos mais sensíveis e impacientes – façam já close neste post)

Sábado – dia 26/04 – Acordo pelas 08:00/08:30 como todos os dias, vou tomar o pequeno-almoço – sopa – tem sido perfeito para controlar os diabetes.

Ainda é cedo o A. sai com a M. para irem à natação e deito-me mais um bocadinho. Passado uma hora levanto-me novamente para fazer a medição dos diabetes, assim que me levanto, sinto uma ligeira dor por toda a região lombar e pensei de imediato: Ai ai vai nascer, foi logo o que me veio à cabeça. Dou uma voltinha por casa, não comento nada com a minha mãe mas as dores aumentam cada vez mais. Sento-me na cama a dor localiza-se apenas no rim do lado esquerdo e instala-se uma dor tão mas tão forte que deixo de conseguir andar e praticamente falar, a única coisa que consegui dizer era ou ai ou ui...e bufar...MUITO.

Começa o stress, a minha mãe percebe que não me mexo, pede ao A. para chamar uma ambulância (foi tão surreal que deixo para outro post) como não há ambulância com grande dificuldade o A. lá me enfia no carro e voamos para o hospital.

Na gravidez da M. tive uma cólica renal e era tudo tão idêntico que eu própria fiz o diagnóstico à médica assim que cheguei ao hospital, mas na crise que tive dela foi tudo muito simples, ao segundo dia de crise tive a Petra J e depois a Madalena, brincava eu com a situação.

As dores eram insuportáveis ao ponto de ninguém me conseguir observar, a palavra de ordem da médica foi: deitem esta grávida e dêem-lhe qualquer coisa para as dores, para tentarmos perceber o que se passa, mas tudo indica que é uma cólica renal.

As dores, só aumentavam, e não davam qualquer trégua como as contracções dão.

Eu sou pequena 1.62cm de gente que no seu estado normal pesa 45 kgs, agora com 53 kgs, e com uma barriga de 32 semanas considerável face à minha estrutura física, imaginem contorcer-me com dores, a vomitar de dores, a não suportar que falassem comigo quanto mais que me tocassem – HORRÍVEL!

Ao fim da tarde parecia que estávamos a ter uma trégua e pensaram que podia ir para casa, chegam os papéis da alta e voltámos à estaca zero, alta retirada, internada até perceber o que se passa realmente.

Domingo, 2ª, 3ª,4ª tudo na mesma, dores insuportáveis sem parar, exames atrás de exames nos quais nunca se conseguiu ver qualquer pedra, medicação atrás de medicação ao ponto de ter que mudar todos os dias de cateter por as veias estarem no seu limite diário com tanta administração de medicação e antibiótico, passamos por tudo, do paracetamol à morfina praticamente a ser administrado de hora em hora, um sem fim de médicos neste quarto de quase todas as especialidades possíveis, cada um com a sua opinião, mas sempre tudo dentro do quadro da cólica renal e de uma infecção que se desenvolveu em local que ainda se desconhece, até que se falou que o melhor era o V. nascer 5ª feira dia 1, era desumano manter-me naquelas condições.

Reunião geral de médicos, a chefe de Neonatologia não concorda que o V. nasça de 33 semanas, apesar de já ter feito corticoides para a maturação dos plumões, ainda é cedo e os riscos de infecção respiratória existem.

Lavada em lágrimas, face ao cansaço extremo e sem dormir há muitos dias, concordo com a decisão e digo que prefiro sofrer do que o V. nascer prematuramente e correr o mínimo risco que fosse.

Ontem pelo meio dia e após 144 horas - 6 dias - de dores de morte, daquelas mesmo de trepar paredes, puxar cabelos, morder as mãos, um médico entra no meu quarto e diz: ligue ao seu marido que às 14:30 vai ser operada.

Já se tinha falado nessa possibilidade embora o corpo clinico do hospital estivesse em contradição relativamente a esta opção, mas já ninguém sabia o que me dizer, o que me fazer e cada vez que entravam neste quarto tinham DÓ, IMPOTÊNCIA, PENA, escrito na testa e a vermelho.

Não havia qualquer risco nem para mim nem para o V. com a realização da operação, o único senão era não resultar e eu ter que estar mais uma semana com dores fazer as 34 semanas e ai sim o V. nascer.

Estava tão abananada que ok tudo bem vamos a isto, confesso que nunca tive muito medo, estive sempre muito apreensiva mas medo não tive.

A cirurgia seria com epidural, ainda pedi que me pusessem a dormir, mas era imperativo que estivesse sempre acordada caso alguma coisa corresse mal e o V. ter que nascer.

A meio da operação perguntei ao médico, já a viu? (A pedra) Não! Responde ele.

Basicamente o que foi feito foi colocar um cateter no rim de forma a desobstruir o canal e os fluxos conseguirem correr novamente.

No final, não se encontrou e até ver qualquer perda, há quem tenha orelhas pequenas, nariz comprido, testa alta, eu tenho um útero aos zigue zagues que também pode ter sido o causador de toda a pressão que o rim estava a sofrer e até pode mesmo nem haver qualquer cálculo renal.

Agora até ver tenho o baby V. e um rabinho de porco (como carinhosamente lhe chama o Dr.) rabinho de porco santo que fez com que todas as dores desaparecessem e espero que assim se mantenha até ele querer nascer, o rabinho de porco não me traz a sensação mais agradável e confortável do mundo, mas não são dores.

Rabinho de Porco


Entretanto os valores da tal infecção que não se sabe de onde vem baixaram hoje ligeiramente mas enquanto os valores não estiverem aceitáveis por cá permaneço.

Faço parte da mobília como dizem os médicos, enfermeiros e auxiliares, todos sabem o meu nome e sou tratada nas palminhas por todos, até a médica dos diabetes e o pediatra da minha filha ao saberem que estou cá me vieram visitar, é tão bom sentirmos que somos queridos.

Resumindo, e quem já foi mãe imaginem-se 6 dias em trabalho de parto sem epidural e sem tréguas das contrações, foi basicamente isto, um desespero, os piores dias da minha vida que não desejo nem à pior pessoa do mundo.

Ao meu A. um agradecimento do tamanho do mundo, que coitadinho sei que sofreu muito por não poder fazer nada para me ajudar, foi literalmente um pau mandado das minhas dores, agora levanta-me, agora segura-me, agora dá-me a mão, agora não me toques, agora cala-te que não posso ouvir nada….agora agora agora….mas sempre ao meu lado.

À minha Mãe um obrigada do coração por saber que trata a minha M. como ninguém e que me deixa tão descansada e que fica privada de ver a filha para ficar com neta que sabe que gosto tanto e tanto descanso me dá.

Ao meu Pai um obrigada pelos mimos e por me enxugar as lágrimas sabendo eu o quanto ele não suporta ver-me chorar.

Um obrigada enorme a todos pelas visitas, telefonemas e msgs de força e alento que fui conseguido ler e não fui conseguindo responder.

Não sou muito maricas, não sou de me queixar, não sou exagerada, quem me conhece sabe bem, acho que sou até uma pessoa bem terra à terra e sempre com a máxima que o que tem que ser tem que ser feito e para a frente é que o caminho, mas eu já não merecia, a sério que não L desculpem o testamento, e juro que vos poupei-me a pormenores e outras situações J

O que merecia era isto, aos quilos, aos montes, cheinhos de canela, podem mandar vir aqui para o hospital que eu agradeço J