20/02/2017

Vamos falar de pipis?

Quando me pediram para escrever sobre este assunto não hesitei...

Passado um tempo de ter ficado grávida da M. decidi começar a fazer ginástica pré parto e comecei a ouvir falar em assuntos sobre os quais nunca tinha antes pensado tais como a necessidade do fortalecimento do pavimento pélvico.

- "Procurem na net tudo sobre Kegel"
- "Imaginem que introduzem o dedo no pipi e agora comprimam o dedo"
- "Agora vão para casa e treinem enquanto estão a ver televisão"

Era desta forma que era explicada a forma de fazer alguns exercícios o que por vezes resultava para algumas mulheres em risinhos pequeninos, duvidas para outras e constrangimento para tantas.

A questão é que o desenvolvimento deste conjunto de músculos é muito mais importante do que parece e não só durante a gravidez, porque este é um conjunto de músculos que suporta todos os órgãos reprodutores e de função urinária. 

Sabiam que, os desportos de alto impacto, o envelhecimento, a gravidez e o parto, ou até mesmo ficarem sentadas ao computador durante todo o dia, são factores que podem contribuir para o enfraquecimento do pavimento pélvico? 

E sabiam que o enfraquecimento do pavimento pélvico pode resultar em incontinência urinária, descida dos orgãos como a bexiga, recto ou útero ou até mesmo a perda de desejo sexual?

Mas eis que surge o Elvie que veio revolucionar não só os exercícios do pavimento pélvico mas também a forma de os realizar.



O Elvie é inserido como um tampão e liga-se à app através do Bluetooth. 

O sistema patenteado de sensores de movimento e força do Elvie medem o movimento dos músculos do pavimento pélvico e a app permite-lhe ainda visualizar os exercícios, monitorizar o seu progresso e corrigir a sua técnica em tempo real. 



Cada exercício de cinco minutos, foi concebido por peritos da Imperial College London e da Universidade de Oxford e são recomendados por fisioterapeutas, obstetras e PT de todo o mundo.

O facto de ser ergonómico, discreto e portátil permite que faça facilmente parte da rotina de qualquer mulher, em particular, das Mães que experienciam partos difíceis que lhes trazem mazelas físicas que interferem em particular com a vida sexual.

Um grande uauuuuuuu para o Elvie que vem sem dúvida facilitar e desmistificar este assunto!

P. s. Fiquem atentas em breve terei um para oferecer.

♥️♥️♥️♥️

17/02/2017

As Mães de hoje...

A minha Mãe mal lê o meu blog.

Diz que, por não ser adepta das novas tecnologias não o faz de forma diária e que o lê quando calha ou quando se lembra, e que depois lê todos os posts de uma só vez. 

Às vezes pergunto-lhe o que acha, encolhe os ombros, não comenta, quase que arrisco a dizer que não acha piadinha nenhuma ao blog nem ao que escrevo.

O pouco que comenta, diz não concordar com esta nova forma de encarar a maternidade, que as Mães de hoje são complicadas, são picuinhas, são estupidamente competitivas entre si.

E pergunto-lhe como era ser Mãe na altura em que foi, aparentemente, no passado, as Mães cobravam-se menos, eram, talvez, menos complicadas, não havia qualquer tipo de competição entre si, e que eu não posso falar muito porque eu não sei o que é lavar fraldas à mão, além disso as Mães de hoje, têm acesso a mais informação e até têm a vida bem mais facilitada porque antes não existiam fraldas descartáveis ou papinhas prontas.

É verdade que temos mais informação, é verdade que existem papinhas prontas e também é verdade que existem fraldas descartáveis.

Mas eu sou uma Mãe de hoje e para compensar, nos dias de hoje temos uma pressão sobre as múltiplas facetas da identidade feminina e quase que arrisco a dizer que o que nos rodeia agora é muito mais complexo, as Mães de hoje que são como que “esmagadas”, têm que dar conta dos filhos, do marido, da casa e ainda ser bem sucedidas no trabalho, as Mães de hoje que têm que trabalhar porque lhes é cobrada a obrigatoriedade da contribuição financeira na casa e por outro lado, algumas são acusadas de abandonar a família em busca de uma carreira, as Mães de hoje sujeitas a muitas cobranças, diversas funções simultâneas, sejam elas entre trabalhos domésticos, vida profissional, vida familiar, o marido, os filhos e os amigos, as Mães de hoje que vivem neste conflito, as Mães de hoje a quem são cobrados padrões estéticos, socias e até sexuais, as Mães  de hoje que desejam ser uma mistura de Barbie, Mãe do Ruca e Profissional de sucesso, uma verdadeira façanha quase impossível de  acontecer, as Mães de hoje que vivem na/e com culpa, culpa essa que as faz cometer erros em relação à educação dos filhos, as Mães  de hoje que são autenticas Mãelabaristas para conseguirem atender a todas as exigências do dia a dia, as Mães  de hoje que se esquecem de ouvir a elas próprias, as Mães de hoje que querem chegar a todo o lado e que se recusam a aceitar as suas limitações.

É verdade Mãe, nunca lavei fraldas à mão!

♥️♥️♥️♥️

14/02/2017

Feliz dia dos Namorados ♥️

Maridos, namorados, companheiros e amigos coloridos, o que é que estão a pensar a esta hora? 

Nos presentes? Nos jantar? Nos hóteis? Nas flores? Nos peluches? 

Desejosos por esta noite aposto.

Ou ainda estão a pensar que têm uma grande bota para descalçar? 

- Querida, surgiu aqui no trabalho um relatório de última hora chego mais tarde! 

- Amor, o Zé sentiu-se mal vou ter que o ir levar a casa!

- Fofinha, acreditas que me deixaram fechado no escritório! 

- Amorzinho, tu não vais acreditar nisto?! Chegou o Director Geral da China e vou ter que ir jantar com ele! 

Ajudei na tanga?! 

Como é que afinal vão dividir esse: "És o nosso grande amor"(gritado em voz cavernosa) com o vosso (este sim verdadeiro) Amor (susurrado baixinho)? 

Mulheres de Benfiquistas como é que vai ser hoje? Verdade ou consequência?

Estou solidária! 

♥️♥️♥️♥️

13/02/2017

Mas a M. ainda usa chucha?!



A M., à excepção da escola (que não o permitia), sempre fez uso livre da chucha.

Em Novembro do ano passado, no dia em que a M. fez 4 anos, decidi marcar este dia com a primeira foto que lhe tirará, que por acaso foi com chucha.

Surgiram alguns comentários como: "Mas ainda usa chucha?!" e surgiu o pedido da D. que me pediu que escrevesse sobre isto do uso da chucha pois a sua filha C. também estaria perto de fazer 4 anos e também estava dependente do uso da chucha.

Como em tudo na maternidade este é um assunto em que há opiniões diversas e começa logo assim que o bebé nasce: 

- "Não lhe ofereças chucha enquanto não souber mamar". 

- "A chucha deve ser reservada para os momentos em que o bebé a solicitar para se tranquilizar como para adormecer ou quando está mais aborrecido ou doente".

- "A partir dos 18 meses de idade o seu uso deve restringir-se à hora de dormir".

- A partir dos 2 anos e meio/3 anos no máximo a criança já não deverá usar chucha. 

E se a criança ultrapassar todos estes supostos limites?

- Vai ficar com os dentes todos tortos!

- Isso vai ter implicações ao nível da fala!

- Ai que feio uma menina TÃO GRANDE a usar chucha!  

- O seu processo de autonomia será mais lento!

Confesso que a M. fazer uso de chucha com 4 anos, não era uma situação que me agradasse, mas não fazia disto um cavalo de batalha, recusava recorrer a qualquer tipo de humilhação ou proibição, comparação com o V., fazer da chucha moeda de troca como a história do Pai Natal, fazer propositadamente um buraco para que não lhe soubesse bem evitando a todo o custo causar-lhe qualquer tipo de frustração com este assunto. 

Não queria correr o risco de que ela fosse em busca de alternativas como chuchar no dedo, optei antes por não forçar o processo e começar a prepará-la psicologicamente para o adeus à chucha. 

Comecei por lhe dizer que já fazia bolos comigo, que ajudava a por a mesa, que fazia recados na escola à Professora e que isso fazia dela uma crescida, que já estava a começar a aprender os números e as letras, que já dizia palavras em Inglês e que está quase quase a começar a aprender a ler e a escrever e que se calhar devia começar a pensar em dizer adeus à chucha. 

Este foi um processo de mentalização diária, levado com muita calma, não vale olhar para as crianças como adultos em ponto pequeno, porque não o são. O processo de mentalização leva tempo, assim como a criação de rotinas também leva tempo, e o tempo dela acabou por chegar...

no dia 25 de Dezembro quando a fui deitar ela olhou para mim e disse-me de modo natural, convicto e convencido:

- Mãe, já não quero usar mais chucha!

e nunca mais usou, e nunca mais perguntou, e nunca mais quis saber da sua chucha.

O adeus à chucha é um processo natural e vai acontecer, mais tarde ou mais cedo.

O nosso aconteceu talvez mais tarde do que é suposto mas aconteceu sem choros, sem birras, sem frustrações e exigências,

Esperar é uma virtude, também para nós Pais.♥️

♥️♥️♥️♥️

07/02/2017

Para ti MÃE de 1ª viagem!

Querida Mãe de 1ª viagem,

Ainda me lembro quando estava no teu lugar, dos medos, dos receios, das dúvidas, dos “ses ”...

Sim, tal como tu, também tinha essa necessidade de saber todas as estatísticas e explicações para o valor de cada exame e cada análise, mas acredita, basta saberes que está tudo a correr bem, confiar no Médico que te acompanha e deixar para ti assuntos como, a decoração do quarto e guardares a Médica e Enfermeira que há em ti para quando o bebé nascer.

Vive a tua gravidez com serenidade, longe de perguntas, de medos e do Dr. Google.

Controla essa tendência de querer planear tudo, o dia em que o bebé vai nascer, o tipo de parto, a amamentação em exclusivo, não te preocupes com isso do desconhecido, há coisas que só sabemos depois de acontecerem, deixa os dias acontecerem, um a seguir ao outro, um de cada vez.

Vais ter medo, da dor, do parto, da amamentação, das noites mal dormidas, da exaustão e da responsabilidade de ter de cuidar de alguém 24h por dia para o resto da tua vida.

E quando um dia deres por ti, atrás de uma porta de casa de banho a chorar, e sem saber porquê, não fiques preocupada, acredites ou não, faz parte e é normal. Aos poucos, as coisas vão entrando nos eixos, começas a criar a tua/vossa rotina, vais conseguir tirar o pijama, tomar banho, dormir 3 horas seguidas, e responder a perguntas básicas como: Como é que te chamas?

Não acredites que vais ter dificuldades para cuidar do teu bebé ou para manter a tua sanidade no turbilhão que é (sim não é mito, é mesmo!) ter um bebé em casa, pois existe uma coisa chamada instinto que nunca te vai falhar e que se vai manifestar em TODOS os momentos que precisares.

Também vais morder a língua, todas nós mordemos em algum momento, mas também está tudo bem, até porque não te podes nem te deves cobrar nunca, assim como não deves ler tudo o que existe, nem absorver tudo o que ouves sob pena de enlouqueceres com tanta opinião, conceitos e valores que tantas vezes nem vestem a tua pele, mas como a vizinha fez também vou fazer. 

Não vais nada! 

Tenha a certeza que tu vais construir a tua própria maneira de levar a maternidade e acredita, que será única, pessoal e intransmissível.

Ah sim, claro que vais andar cansada, aliás, esgotada é o termo mais apropriado, e se deres por ti a perguntar-te: “O que eu fui fazer da minha vida?” também é normal. 

Vais conseguir superar os dias difíceis, e saborear os bons, até porque, quando aquele gordo mais querido cor de rosa solta um gemido e encosta a sua mão minúscula de pele macia e cheirosa na tua pele, o teu mundo vai parar e vais esquecer tudo ali, naquele momento.

O tal amor arrebatador incondicional encantador total absoluto e integro que tudo explica é o único sentido de toda esta experiência.

E lembra-te as horas podem parecer muito longas, os dias podem parecer muito tempo, mas confia em mim quando eu digo, os anos são curtos e é mesmo, mas mesmo verdade, que passa e crescem num instante. 

Boa viagem!

Vais ser capaz ♥️ 

♥️♥️♥️♥️

06/02/2017

Vamos falar de PMA? (Procriação Medicamente Assistida)

Antes de conseguir engravidar pela 1ª vez, o que demorou quase um ano, achei que engravidar iria ser de facto um problema para mim. 

Depois engravidei uma vez, e perdi o bebé, depois engravidei a segunda vez e voltei a perder o bebé, até que pela terceira vez engravidei da M. e da quarta vez do V. 

Durante todo este processo de tentar engravidar e de engravidar e perder os bebés, em algum momento pensei que talvez pudesse ter um problema de infertilidade. 

Arrisco a dizer, que esta é uma questão que muitas mulheres colocam antes de começarem e quando estão a tentar engravidar. 

A realidade é que este acabou por não ser um problema para mim (tive outros), mas foi, e é, para amigas que me são próximas.

Da experiência que tenho, felizmente parca, sobre este assunto, este continua a ser um assunto tabu para muitas mulheres e não o deveria ser...

A IVI  (já falei AQUI sobre o Instituto Valenciano de Infertilidade), no seguimento da nova lei de PMA que permite que todas mulheres tenham acesso a tratamentos de fertilidade, AMANHÃ dia 07/02/2017 pelas 19H00 às 20H30, vão organizar uma sessão de esclarecimento no IVI Lisboa. 

A entrada é livre, mas os lugares são limitados.

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E nunca, nunca, nunca, nunca, nunca, desistam!

♥️♥️♥️♥️