30/12/2017

Em 2017...


... as notícias do mundo em geral tiraram-me várias vezes o fôlego e decidi várias vezes não querer saber do que ia acontecendo, vi a minha mãe perder a melhor amiga e desde então todos os dias penso nisso, vi Portugal ganhar a Eurovisão e vibrei de emoção, mudei de trabalho (passo a vida nisto mas tenho a certeza que qualquer dia a estabilidade me vai bater à porta), abracei o projecto mães.pt com imenso orgulho mas com menos disponibilidade do que desejaria, fiz promessas que não cumpri, vivi os primeiros divórcios de quem me está perto e custou-me, tive demasiadas vezes vontade de desistir do blog, deixei ir o que me fez menos bem, apurei dia após dia a capacidade de ser indiferente ao que não gosto e ao que não quero, enriqueci e cresci profissionalmente, apertei ainda com mais força alguns laços  de amizade, inscrevi-me no ginásio e embora não tenha ido tantas vezes como queria fui as suficientes para me conseguir apaixonar pela prática do Yoga, vivemos demasiadas birras e pensei várias vezes que ia ensandecer, fiz uma sessão fotográfica inesquecível com duas amigas que adoro, fui duas vezes à televisão partilhar duas das histórias mais importantes da minha vida, andei 12 vezes de avião, viajei muito e estive em sítios incríveis, li o resto do meio livro que tinha começado em 2016, o V. foi operado e ganhou qualidade de vida, revi num jantar de turma Colegas de faculdade que não vi-a desde 2005, foi um ano em que me senti particularmente cansada, a maternidade foi exigente e difícil, a proximidade de idades da M. e do V. fizeram-se sentir,  estive 12 dias fora sozinha com o A., senti uma necessidade extrema de organizar tudo o mais possível, houve momentos em que falhei como Mãe, mas houve outros em que dei tudo de mim, tive menos medos e receios e tornei-me mais autónoma e confiante, chorei pouco, sorri menos do que gostaria, gritei com eles, bati a porta e às vezes não quis saber, amei os meus filhos desenfreadamente, às vezes exagerei, até nos beijos e nos braços que para mim nunca são demais, dei muito mais importância a quem me dá importância, quis saber de quem quer saber de mim, fiz menos fretes, fui sempre fiel aos meus princípios, a operação de urgência do A. levou-nos uns dias em Dezembro para a "outra casa", dos vários jantares de Natal decidi apenas ir a um motivada pelas pessoas que lá iria encontrar e abraçar, não cumpri todos os planos, mas alcancei objectivos inesperados, constato mais uma vez que o amor é a base de tudo, para ano ímpar o balanço é até bastante positivo. 

Não gosto de fazer resoluções, mas para 2018 traço alguns planos e objectivos cheia de confiança de que os vou fazer acontecer.

Feliz 2018!

♥️♥️♥️♥️




28/12/2017

Do nosso Natal...


                                     


Ressalvo: Os miúdos  vestidos de igual que é coisa rara com muita pena (devia fazê-lo mais vezes), o A. que parece que engoliu um garfo, consequência da operação à coluna, o bigode que deixou crescer (acho que deve ter feito uma promessa: “se voltar a andar depois da operação só faço o bigode em 2018” ainda bem que estamos quase lá 🙏🏻🙏🏻😂😂😂😂😂), o facto de provavelmente ser uma das últimas fotos em que estou a pegar os dois ao colo ao mesmo tempo, o ar sereno da M. ❤️ o sorriso de felicidade do V. ❤️, uma sala cheia de pessoas que gostamos muito por trás da máquina fotográfica, a ansiedade para ir abrir todos os embrulhos que desarrumam a foto. 

Ainda assim, esta é a nossa melhor foto da noite de Natal 2017🎄

❤️❤️❤️❤️

14/12/2017

Back to Basics!

Não, não vou voltar a publicar fotos da nossa escapadela. 

Não fui ofendida como referi em tom jocoso mas custaram-me uma série de seguidores que desistiram de andar por aqui, talvez achassem que a publicação das fotos das nossas merecidas férias a dois seriam de alguma forma petulantes ou ofensivas, quando não era de todo a minha intenção.

Ter um blog é partilhar o melhor e o pior, não se deixem enganar, por trás daquelas fotos foram vividos alguns momentos de tensão motivados por um problema de saúde do A. que fez um esforço gigante para que o seu estado de saúde afectasse o menos possível a nossa viagem e tentamos aproveitar o máximo possível aqueles dias bons.

Estou de volta carregada de saudades para matar. 

Gosto de ir mas gosto ainda mais de voltar. 

Gosto da sensação de chegar à minha casa, às minhas coisas, aos meus lugares, às minhas pessoas e às minhas rotinas.

Uma vida cheia de rotinas não significa uma vida chata e monótona, ter uma rotina não significa ser rígida com os horários nem transformar a nossa casa num quartel general, mas ter acções previsíveis para o que é realmente rotineiro, é pisar terreno firme, saber ao que vou, saber o que me espera sem deslizes nem partidas desagradáveis, um porto seguro.

Gosto de acordar e entrar naquele a que chamo caos matinal mesmo que todos os dias me queixe, não fizesse o queixume de Mãe também faz parte da rotina,

Gosto da  simplicidade do dia, da correria e da azafama, de ir para o mesmo trabalho, ver e cumprimentar as mesmas pessoas,

Gosto de saber que todos os dias, no mesmo horário, receberei três beijos e três abraços das mesmas pessoas, 

Gosto de ter para onde voltar todos os dias, gosto de saber que estão lá, à minha espera.

Rotina não é fazer o de sempre, mas sim fazer como sempre.

O que muitos chamam de rotina eu chamo de oportunidade.

O tempo passa, as rotinas entrelaçam-se, os horários combinam e a vida torna-se mais estável e segura.

Achava que ia ter toda esta tão nossa rotina à nossa espera. 

Mas desta vez as rotinas desentrelaçaram-se, os horários não combinam e teremos dias longos pela frente até que tudo volte à nossa rotina. 

Vou estar mais ausente durante uns dias, o A. precisa de mim e eu preciso de estar focada a 100% na minha família por estes dias. 

E nunca, mas nunca, praguejem contra a rotina, pelo contrário, devemos comemorar quando tudo está normal.

Até já 

♥️♥️♥️♥️ 

06/12/2017

Mentiria...

Se dissesse que não tenho imensas saudades deles, que não me fazem falta, que instintivamente não os procuro, que não os oiço chamarem-me, que a cada sitio que vou não comento que por certo iriam gostar de estar aqui, que a cada loja não corro em busca de um presente para eles, que não estou sempre a pensar no que estarão a fazer, que não questiono se sentem a minha falta ou perguntam por mim, que não estou sempre a pensar na hora de lhes ligar, que desliguei completamente, que não mando recados à minha Mãe, que estes dias de férias não me estão a saber lindamente e que a maternidade não me trouxe um problema de bipolaridade!



                                         


♥️♥️♥️♥️