25/04/2014

32 Semanas


Hoje fazemos 32 semanas!

E no dia da liberdade até a grávida teve direito a um bocadinho de liberdade, deixei a cama por instantes e fomos um bocadinho à rua J

Como estava sol, fui apresenta-lo ao V., não o conhecia, nunca o tinha sentido.

Limitei-me a ficar sentada e a respirar ar puro, ao princípio ficou muito quieto, talvez tenha estranhado, a luz e o calor, depois deve ter percebido o quanto era bom começou a dar o ar da sua graça ao ponto de deixar a mãe sem posição de tanto mexer. 

E estamos quase a entrar na recta final e quase quase a conseguir respirar fundo.

Feliz Dia da Liberdade!



23/04/2014

A Surpresa :-)




Tenho a sorte de ter boas e grandes amigas, daquelas mesmo boas que a qualquer hora e a qualquer pedido estão lá, acho que assim de repente preciso das minhas duas mãos para as conseguir contar! Não é bom?
Mas há 3 amigas que são as minhas amigas da e para a vida – as minhas mosqueteiras como carinhosamente lhes chamo – a M., a F. e a J.

Somos amigas há anosssssssssssssss, acho que é preciso uma mão de cada uma de nós as 4 para contabilizar os anos da nossa amizade, já vivemos tantas coisas juntas que as nossas histórias davam um livro, histórias boas, más, felizes, infelizes, mas sempre sempre unidas – afirmo com certeza que é uma amizade repleta de um amor incondicional.

As minhas mosqueteiras têm sido incansáveis comigo, sempre atentas sempre preocupadas, sempre com uma palavra de alento e de força, sempre com o objectivo de me conseguirem fazer sorrir, e conseguem tão mas tão bem fazê-lo!

Fui a 1ª a ficar grávida e a 1ª a ser mãe, o entusiasmo e a alegria delas durante toda a gravidez foi de verdadeiras Tias, depois da M. nascer então, ficaram completamente rendidas e babadas por ela, disputam umas com as outras a vez de pegar ao colo de dar a sopa ou de brincarem com ela.

Quando foi altura de decidir quem seria a madrinha da M., era impossível escolher uma das 3, impossível mesmo, e como eu queria uma madrinha e um padrinho como manda a tradição, a madrinha escolhida foi a X. (das bolas de Berlim da praia – recordam-se?) e o P.C., um grande e estimado amigo do A. – confesso que têm feito um bom trabalho e um bom papel enquanto padrinhos da M. e nós contentes por os termos escolhido.

Do V., não havia margem para duvidas, esqueci por completo a tradição, não faz sentido ser de outra forma – M. F. e J. aceitam ser madrinhas do V.?

Será um sortudo 3 madrinhas só para ele!

   


Mais logo...







Tal como a mãe o Baby V. também já adora surpresas e hoje ele tem uma surpresa daquelas mesmo boas, para umas tias muito especiais e vai partilhar com todos!

Curiosos?



22/04/2014

Páscoa!


Andei desaparecida na Páscoa, não que tivesse ido muito longe, andei mesmo por casa J tentei aproveitar ao máximo o facto de já poder cirandar por aqui e dar mais atenção à M.

Já chama por mim, e muito, comparando com algum tempo atrás, sempre que não me vê.

O facto de me sentir melhor por vezes dá-me vontade de arriscar mais com ela e ela própria já pede um bocadinho mais de mim, e há mesmo momentos que não dá para lhe resistir e num destes dias e passado tantos meses dei-lhe um colinho no sofá: 

Já tinha saudades, tantas saudades de a sentir assim junto a mim. 

Acho que ela também não estava a acreditar muito bem e deixou-se ficar, ela que nem gosta de estar muito tempo assim, ficou quietinha, sossegadinha, as duas a usufruir uma da outra.

Não dou uma importância por ai além, à Páscoa, é uma festa de família, tal como o Natal, mas esta Páscoa soube-me bem, passado todo este tempo consegui fazer uma refeição à mesa com a minha família, e começo a sentir que aos poucos as coisas estão a voltar ao normal.

Tão ao normal que as peripécias continuam como sempre, em pleno Domingo de Páscoa pelas 11:45 e à espera de 11 pessoas para almoçar, a mesa da sala decide literalmente desintegrar-se, o A. a bufar e a espernear e a gerir como ninguém as adversidades do dia a dia (às vezes tenho medo de morar no 7º andar) e eu feliz e contente porque finalmente ia comprar a mesa que andava a namorar (juro que não fui eu, afinal estou semi inválida). Viva o Ikea que nunca fecha!

No sábado consegui voltar à minha cozinha e aos meus tachos, e embora tenha sido preparada sempre sentada, consegui brindar a família com uma sobremesa, andava mortinha por experimentar: 

Acho que estavam todos felizes, por me verem em pé, por me terem à mesa com eles e por se lambuzarem com a sobremesa.

A cereja no topo do bolo deste domingo de Páscoa, foi o Benfica campeão.

Ele falou com o V. disse-lhe: V. o Benfica é o maior, ganhámos! 
o V. respondeu com um pontapé - Estou com medo...

Foi uma boa Páscoa!





21/04/2014

1º Mês de Blogue








Exactamente hoje, o blogue faz 1 mês! 

E com isso temos: 4.358 visualizações, 278 likes na página (com pena não chegámos aos 300) e 61 comentários, pode parecer pouco para muitos, mas para mim é muito muito gratificante!  

Ter um blogue foi sempre uma ideia muito presente mas nunca tive coragem de dar o passo.

De repente senti que era a altura de partilhar aquilo que estava a viver.

Estava com receio, até porque e como referi logo no 1º post (aqui) não tenho um grande dom para brincar com palavras, não sou escritora nem aspirante a tal, e apesar da minha profissão exigir que escreva muito e por vezes com imaginação, por vezes tenho dificuldade em fazê-lo.

Com o blogue a coisa surge naturalmente, é tudo tão espontâneo tão natural, é bom!

E se eu soubesse que ter um blogue dava tantas alegrias, tantas emoções, ao tempo que o tinha feito nascer.

Cada gosto vosso, cada comentário, cada palavra de alento são um sorriso meu.

É muito bom ser acarinhada pelos amigos que fazem parte da minha vida e que fazem parte deste projecto quando clicaram gosto na página, mas é igualmente bom o carinho que recebo de pessoas que não conhecia mas que agora e de alguma forma passei a conhecer e que são tão queridas comigo.

Por vossa causa já ri e chorei de alegria, obrigada por terem adoptado e acarinhado em conjunto comigo este bebé.

Até ver o blogue só me têm trazido coisas boas, pessoas fantásticas, apoio, carinho, compreensão e solidariedade que nunca são em demasia.

Fico contente por saber que de alguma forma já consegui “ajudar” mães na minha situação, é tão compensador, afinal era esse o objectivo deste blogue.  

A vocês que lêem e acompanham o blog, comentam, enfim, que me acompanham diariamente, e fazem com que eu tenha vontade a cada dia de partilhar com vocês as minhas histórias, quero deixar aqui o meu muito obrigada.




17/04/2014

Do Benfica!





Ainda na senda do post de ontem do Amor…diz que também é um amor!
Mas não é meu…..

Não gosto de futebol! Não percebo nada de futebol! Nem sequer sei o que é um canto ou um fora de jogo e irrita-me solenemente aqueles homens que abrem a boca toda para dizer AMO-TE BENFICA! e são incapazes de o fazerem com as mulheres, namoradas, companheiras, filhos, etc…

Isto do Benfica ser uma “paixão”, é sem dúvida alguma algo nunca vou perceber.
Mas paixão por o quê? Por homens que andam ali a correr atrás de uma bola? E que por vezes levam goleadas que deixam os adeptos em pranto? Mas mesmo assim na semana seguinte está lá tudo batido outra vez… Havia alguma mulher de desiludir um homem ao ponto de o fazer chorar que eu queria ver se passado uma semana ele ia ter com ela feliz e contente! Puf… ai e tal o Benfiquinha é que é um fofinho e dá-me tantas alegrias…bla bla bla….

Para compensar casei com um ferrenho do Benfica, ele grita, ele sofre, ele atira-se para o chão, eu acho que ele é daqueles que chora pelo seu Benfiquinha.

Quando fiquei grávida da M. como é menina escapei-me do massacre: Vai ser do Benfica! Vai ser do Benfica! Vai ser do Benfica! Bem como me escapei dos equipamentos e das meias e das tshirts e das bolas e afins.

Do V. está a ser mais complicado a palavra de ordem não é Vai ser do Benfica! mas sim: Tem que ser do Benfica! Mas será que ninguém pensa que a criança vai ter vontade própria?!
Ele já tem meias, camisolas, bodys e até uma fralda a dizer: Eu sou do Benfica. Mas ele ainda não nasceu e já está a ser massacrado? Eu mereço? Ou melhor, ele merece?

Ai vou ter que por ordem nisto vou!

Vá benfiquistas escorracem-me! Eu aguento, até estou aqui deitadinha sossegadinha! 


E tu maridinho fofinho do Benfiquinha desafio-te a escrever um post para tentares explicar essa paixão, só assim para ver se consegues mudar aquilo que eu penso! Duvido! 

Ah e mais…Domingo pouco barulho cá em casa e ai de ti que grites BENFICAAAAAAAAAAAAA na minha barriga. 



16/04/2014

Do Amor




Na 2ª feira fui jantar fora com o A., já não aguentava mais, já contamos com 18 semanas de cama.
A Médica não disse que de vez em quando, muito de vez em quando podia ir à rua apanhar ar? Então lá fomos apanhar o tal ar, não demoramos nem duas horas e foi mesmo aqui pertíssimo de casa nem 10 minutos de carro.
Foi bom, muito bom!

Mais uma vez por momentos esqueci-me da rígida e chata dieta a que estou sujeita e acabei por aproveitar (embora com cabeça porque depois a consciência fica pesada) quase tudo a que tive direito no momento.
Mas o melhor foi por a conversa em dia com o A., há meses que não estávamos assim um bocadinho só os dois, tínhamos muita coisa para por em dia.

Inevitavelmente toda esta situação acabou por se reflectir na nossa relação, menos tempo um para outro, menos cabeça para pensar em outra coisa que não seja a M. e os afazeres do dia a dia, menos paciência, menos tolerância, menos concessão, menos tudo... que tem como consequência mais tudo, mais embirração, mais discussão, mais desconversação.... temos sido um casal com grande capacidade para ultrapassar as adversidades do dia a dia e da vida em si, acho que juntos fazemos uma excelente equipa, mas esta mudança radical na nossa vida tem sido complicada de gerir e a adaptação nem sempre é a mais fácil.

Acho que estávamos no nosso limite da paciência e tolerância, precisávamos de uma lufada de ar fresco, namorar um bocadinho, um simples passeio de mãos dadas que se resumiu do carro ao restaurante mas que foi um “mãos dadas” tão espontâneo e natural que concluo que apesar de todas as adversidades nada se perdeu entre nós.

A realidade é que estamos muito anulados enquanto casal, limitamo-nos a viver um dia de cada vez e a deixar andar as coisas e o tempo passar, e desde que nasceu o blogue que ele se queixa que mais facilmente consegue perceber o meu estado de espírito e o que sinto quando me lê do que quando fala comigo, mas a realidade é que não temos falado nada, tenho mais tempo para escrever do que para falar, e se calhar mais facilidade em exprimir-me por escrito do que oralmente. 

A. se me estiveres a ler, quero que saibas que apesar das nossas diferenças, és sem dúvida o homem da minha vida, que te amo verdadeiramente e que quero passar o resto da minha vida ao teu lado, juntos ainda nos vamos rir da situação que estamos a viver. Está quase!


Tua B.

15/04/2014

Das surpresas


Adoro surpresas! Adoro adoro adoro.... de as preparar e de as receber.

Adoro a adrenalina que sinto quando as recebo, adoro ver a reacção de quem as recebe, conheço quem não goste de surpresas e não consigo perceber.

Uma das surpresas que adoro é receber cartas, cartas daquelas à antiga, daquelas que chegam pela mão do carteiro, que despachadamente as coloca dentro da caixa do correio, sem ter noção alguma do quanto aquilo que para ele é um pedaço de papel, vai fazer alguém feliz.

Recebi duas a semana passada. 

A Tia T. e o Tio R. enviaram uma cartinha cheia de palavras bonitas e junto vinham uns sapatos para o baby V., que são para fazer pandã com as últimas compras do pai.

E a Tia A. e o Tio A. enviaram igualmente palavras bonitas e um desenho que me fez a minha sobrinha N., está um amor de desenho. Será que sou eu? 




Aí estes miminhos inesperados alegram o meu dia J 

Devíamos escrever mais cartas, mais postais, e menos sms's e emails, receber uma carta tem outra magia, outro sabor, a sensação de ir ao correio e ver um envelope não é a mesma quando recebemos um email, para mim não é.
A expectativa de: o que será que está aqui dentro? É muito maior do que quando recebo um email.

Hoje a rapidez e o alcance das comunicações são inacreditáveis, fala-se com o mundo todo numa questão de segundos, mas se há coisa que ainda não se consegue digitalizar são os sentimentos, e esses são levemente perceptíveis na tinta da caneta sobre o papel.

Há quanto tempo não recebem uma carta?

Se me enviarem a vossa morada prometo que vos escrevo uma J (cronicasdeumagravidaacamada@gmail.com)


P.s. Obrigada Tios pelas maravilhosas surpresas.


14/04/2014

Lovenox…. I love not!





Alguém sabe o que é? É o terror do meu dia.

Já disse aqui que odeio agulhas, tenho medo mas sobretudo dor, muita dor, só de olhar para a seringa.

O Lovenox foi-me prescrito ainda no hospital.
Aliado a uma trombofilia que me foi diagnostica antes de engravidar da M., o facto de estar sempre deitada exigia a administração de um anti coagulante de forma a evitar tromboses e afins.

Quando estava no hospital eram as enfermeiras que administravam, até ai, tudo ok, apesar de já me ser difícil, mas depois quando tive alta era necessário continuar a administrar as injecções, instaura-se o pânico, ora eu nem sequer consigo olhar, quando mais espetar uma agulha em mim própria?!

Ainda pesquisei enfermeiros que viessem ao domicílio mas o valor era demasiado alto para ser suportado diariamente durante meses, pelo que, a solução era: o A. vai ter que fazer de enfermeiro!

Ainda no hospital, uma enfermeira dá-lhe um curso intensivo teórico de 3 minutos e logo de seguida lhe diz, vamos lá passar à parte prática, a cobaia, EU, até suava, mas correu bem, se o ramo dele for por um canudo, safa-se nas injecções.

Mas isto dói, e muito, e faz nódoas negras que demoram décadas a desaparecer, inicialmente  as injecções eram dadas na barriga mas à medida que foi crescendo, foi sendo mais difícil fazer “a prega” e passámos para as pernas.

Este é o filme de terror diário cá em casa, há meses que as levo, mas cada vez que o A. me diz: está na hora da injecção, sinto sempre que é a 1ª vez que a vou levar.


Esta parte custa tenho medo, não gosto, dói e estou desejosa que acabe.

Eu sei que sou mariquinhas JJAlguma mamã que me entenda? 




11/04/2014

30 semanas!!





Gosto das 6ªs feiras – é dia de contabilizar mais uma semana – hoje contamos 30! J

Fazendo uma retrospetiva destes últimos 122 dias que hoje também se contam, a palavra de ordem e que tanto está na moda é sem dúvida resiliência. 

 Segundo um estudo, são 7 os factores constituintes da resiliência

  • Administração de emoções; Controle dos impulsos; Otimismo; Análise do ambiente; Empatia; Autoeficácia e Alcance de pessoas.

Acho que tenho cumprido, ou quase que tenho conseguido cumprir com todos estes factores, óbvio que por vezes descamba, não fosse eu um ser humano com paciência também com limites.


Não sou nenhuma heroína, muito longe de me considerar como tal, sou uma mulher comum, como tantas outras que existem que passaram por situações idênticas e até piores, qualquer grávida faz o que tem que ser feito em prol deste bem maior, que é um filho. 

A maneira como lido com a situação é que pode ser diferente de mulher para mulher. 

Procurei nunca me entregar muito e tentei estar sempre mentalizada que o que tivesse que acontecer ia acontecer. 

Tentei manter sempre a calma e a serenidade e sobretudo a lucidez, apesar de pensar muitas vezes na hipótese de poder passar novamente pela perda de um bebé, e isso assustava-me amargamente. 

Olho para trás e nem acredito no tempo que já passou. 
Eu própria me questiono como é que aguentei, mas que hipótese tinha eu senão aguentar?! 

Agora conto rigorosamente as próximas 4 semanas para finalmente poder fazer o que para mim é o mais importante, e que tanto me atormenta, pegar na M. ao colo e aos poucos tentar recuperar o elo físico que havia entre nós e que inevitavelmente acabou por se perder um bocadinho. 

Ao longo deste tempo fui sempre traçando metas e objectivos para mim própria, ajudou, ajudou muito, pois à medida que ia alcançado o que para mim traçava parecia que tudo se tornava mais simples, mas o objectivo mais complicado de todos - pegar a M. no meu colo - parece que está quase quase a concretizar-se.

Depois tenho um último objectivo a alcançar - O dia do nascimento do V.

Tenho recebido algumas mensagens de alento e carinho, de familiares, amigos, conhecidos e desconhecidos, não têm noção do quanto resulta e muito. Obrigada! 

Feliz fim de semana

10/04/2014

Dia dos Irmãos







Diz que hoje é dia dos irmãos, sou sincera, até então nunca tinha dado importância a este dia.

Eu não tenho irmãos, não me lembro de em miúda alguma vez ter pedido um irmão, já grande por volta dos vinte e muitos senti falta de um irmão pela 1ª vez.

Os meus pais são divorciados, tive o meu pai internado no hospital bastante doente e nessa altura senti que se tivesse um irmão tudo era mais fácil, não só pela divisão das tarefas e responsabilidades que ficaram ao meu cargo durante os vários dias do internamento mas ter alguém que compreendia perfeitamente aquilo que eu estava a sentir por ver o pai doente, alguém com quem pudesse partilhar o que quer que fosse e estaríamos certamente em sintonia.

Nunca quis ser mãe de um filho único, acho que a alegria de uma casa passa muito pelas crianças que lá habitam, se uma é uma felicidade, imagino duas ou até mais.

Apesar de não ter irmãos, espero estar à altura e conseguir ensinar aos meus filhos o verdadeiro sentindo de um irmão, o quanto é importante um irmão na nossa vida.

Os irmãos não são escolhidos como os amigos, são as pessoas com quem se divide a casa e os pais, sem o ter pedido.

Tenho em crer que a qualidade do relacionamento entre os irmãos depende essencialmente de como os pais se organizam para acomodá-los, de como os pais evitam dar mais atenção a um do que a outro, de como os pais mostram que cada um tem seu lugar.

Espero que a M. aceite o V. com alegria, bem sei que é muito pequenina, mas queria muito que fizesse um click assim que ela o visse.

Apesar de serem de sexos diferentes, desejo que sejam os melhores amigos, verdadeiros companheiros de uma vida, que se amem verdadeiramente.

Espero conseguir incentivar a cumplicidade entre os dois, espero ter a capacidade de explicar que devem dividir objectos e acima de tudo afectos, espero que juntos percorram um percurso que lhes permita criar vínculos que durem uma vida inteira.

Quero que na nossa casa o dia dos irmãos seja festejado tal e qual é festejado o dia da Mãe ou o dia do Pai.

Espero sinceramente, estar à altura deste desafio!

Serão desejos?


Ai ai ai aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii…..ia saber-me como sabe num dia de praia em pleno Agosto. 

Socorro, esta ideia anda a perseguir-me há demasiados dias! 


Um doce e feliz para todos J







09/04/2014

Lição da Amizade




Quando estamos mais parados, com mais tempo, mais fora da nossa rotina diária, tomamos atenção a certos pormenores que antes nos passavam ao lado, o frenesim do dia à dia é tanto que nem percebemos algumas pessoas e algumas das suas atitudes.

Tenho tido muito tempo para pensar e nestes últimos dias dei por mim a concluir que há amigos que mereciam muito mais de mim e que talvez não tenha estado à altura em algumas ocasiões, que talvez tenha até falhado, apesar de tentar e de me esforçar para que assim não seja, até porque procuro ser sempre uma boa amiga.

De toda esta situação tenho aprendido várias lições, no que diz respeito ao campo da amizade aprendi, que os amigos não são para as ocasiões, e ontem, nem de propósito, deparei-me com este artigo http://www.citador.pt/textos/os-amigos-nunca-sao-para-as-ocasioes-miguel-esteves-cardoso.

Sou uma pessoa de sorte no que toca a amizades, tenho amigos bons, muito bons, amigos que têm sido incansáveis, aqueles que já me habituaram tão mal que sabia que não me iam falhar agora que mais precisava deles, depois há aqueles que eu não estava nada à espera que tivessem lá e que me enchem de alegria e orgulho com tamanha dedicação, claro que há aqueles da desilusão, mas felizmente são uma pequena pequeníssima minoria.

Espero e desejo que ao longo das suas vidas, a M. e o V. tenham a sorte de encontrar amigos, assim daqueles amigos para a vida, amigos que consideramos como família.

Quero que consigam perceber que há vários tipos de amigos, e a vida vai encarregar-se de os ensinar a preservar os que valem realmente a pena.

A lição que retiro no campo da amizade é que tenho e que devo aproveitar mais os meus amigos, afinal a vida não faz sentido sem eles.

Obrigada Amigos por estarem connosco!




Dia Feliz ♡

08/04/2014

As compras do Pai!


O tempo está a passar e ainda nos falta preparar muitas coisas para o V., em particular o quarto e o enxoval para os primeiros dias na maternidade. 

Adoro laços, laçinhos, folhos, folhinhos... a M. quando nasceu foi uma verdadeira princesa e ainda hoje o é, é a princesa do laço como a avó lhe chama, para o V. sendo rapaz e apesar de não o ir encher de folhos e laços (ai não se vai escapar de umas boas pirosadas não), não prescindo que no 1º mês seja também ele um verdadeiro príncipe, mas mais crescido pretendo optar pelo estilo "homenzinho" que adoro!

Eu e o A. somos o oposto em algumas coisas, e no que toca ao gosto dos outfits somos sem duvida diferentes, eu muito mais "clássica" ele muito mais descontraído.

Ontem decidiu ir às compras para o filho, e acho que o posso voltar a deixar ir: 
(O fofo azul fui eu que encomendei tudo o resto foi ele que comprou ao seu gosto) 

Zippy 


E não se esqueceu da M. 


Zippy

Acham que posso voltar a deixa-lo ir sozinho às compras? J



07/04/2014

Coisas que ninguém pensa!



No outro dia uma amiga que só me tinha ido visitar ao hospital veio cá a casa, assim que entrou e me viu os seus olhos gritavam: coitadinha!!!

Fez-me muitas muitas perguntas sobre a logística do meu dia-a-dia, perguntas sobre coisas básicas e comuns no dia-a-dia de cada um, aquelas coisas que são tão banais que nem temos que pensar como é que se fazem: 

Como é que tomas banho?
Quando tudo se deu e fui internada no hospital, só tomei banho no dia seguinte. Pela manhã vejo duas auxiliares a entrarem pelo meu quarto, alguidares, toalhas, esponjas, lençóis ... todo o material para me darem banho mesmo ali...na cama! Não estava preparada psicologicamente para aquilo, custou-me muito, fiquei do tamanho de uma ervilha, não chorei por vergonha!
Até ordens para me levantar os banhos foram sempre assim, na cama!
Quando me foi dada autorização para me levantar para ir somente à casa de banho, passei a poder tomar banho na banheira mas banho na banheira, sentada e uma vez por semana o que se mantém até agora, o resto dos dias banho “à gato”.
O dia do banho é dia de maratona, tudo custa e demora e assim que estou despachada estou prontinha para me voltar a deitar.

Quando não te podias levantar e estavas sozinha em casa como é que ias à casa de banho?
Nessa altura e quando estava acompanhada comprou-se uma arrastadeira cá para casa.
Quando estava sozinha, tínhamos que arranjar uma solução, fraldas!
Quando pedi ao A. para me ir comprar fraldas ele gelou, ficou branco, acho que não estava à espera e que de alguma forma lhe custou, mas a realidade é que tínhamos que arranjar uma solução. Não me comprou fraldas, acho que não deve ter conseguido, comprou cuecas de incontinência que fizeram o mesmo efeito e na realidade só muda o nome. 
Confesso que foi o bater no fundo, mas foi o mais fácil e simples, veste, faz chichi, despe, dodots e está feito. (Não, não havia mais nada além de chichis na fralda e na arrastadeira)

À medida que ia respondendo a estas perguntas básicas do meu dia-a-dia, a minha amiga fazia um ar cada vez mais incrédulo, só me dizia: coisas tão simples e eu nunca tinha parado 1 minuto para pensar como é que as fazias e a dificuldade que é para ti fazê-las- E ainda rematou com: incrível como consegues manter a lucidez para arranjar solução para as situações e me contas isso sem vergonha.
Vergonha porque "usei" fraldas ou porque me deram banho???? Não tenho vergonha nenhuma de contar. 
Como se costuma dizer o que tem que ser tem muita força e tudo tem valido a pena, os dias passam, a barriga cresce e isso é que me vai dando alento.
O V. é quem tem sido um lutador, que se agarrou à vida e à mãe, um valente!


04/04/2014

De volta a casa!






Aproveitámos o facto de eu sair de casa e o A. levou-me a almoçar fora antes da consulta e por momentos senti-me uma pessoa normal, com uma vida normal, que estava tudo normal, tudo como antes, foi muito bom!

Há 16 semanas que não ia a outro sítio sem ser o hospital, imaginam a lufada de ar fresco?

Abusei, comi mais ou menos o que me apeteceu e apesar de depois o valor da diabetes ficar um bocadinho acima do que era suposto, soube-me tão bem que valeu a pena.

Agora estou cansada, muito cansada das costas que não sabem que existe uma barriga, pareço eu que corri uma maratona.

As novidades não são nada de especial.

Não são nada de especial mas são aliciantes face ao que tenho feito até então e venho para casa descansada e de sorriso na cara.

Fui à consulta supostamente mostrar e eco que fiz a semana passada…a excitação era tanta que me esqueci da ecografia em casa aaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh que nervossssssssssssssssssssssssssssss, que tonta!

Mas sem stress, olhei tanto para ela que a sabia praticamente de cor e soube responder a tudo o que era mais importante no que toca a valores e entretanto já seguiu por email para a Dra.

Entretanto as instruções não alteraram muito, posso começar a comer à mesa, andar um bocadinho por casa para ver se consigo recuperar alguma massa muscular e de vez em quando, muito de vez em quando posso ir à rua apanhar ar, andar de carro continua praticamente proibido.

Segundo a médica, ainda estamos numa fase muito perigosa e não podemos deitar tudo a perder nesta altura.

Perguntei quando é que podia pegar a M. ao colo, vou ter que ter paciência pelo menos mais 5 semanas.

5 semanas perto das 16 semanas que já passaram vai ser “peaners”!!!! J

Bom fim de semana


Hoje vou à rua


Yupiiiiii.....

Hoje é dia de deixar o pijama, enfiar-me num vestido e calçar qualquer coisa que não seja pantufas.

Dia de ir à consulta com a Dra. para mostrar a eco da semana passada.

Estou expectante, muito expectante, por saber o que a médica me vai dizer e por saber quais vão ser os próximos passos. 

Que pena o tempo não me ter presenteado com sol! 

Até logo




03/04/2014

Da Solidão…





Diz-se que as grávidas merecem um desconto por terem as hormonas ao rubro, eu mereço um desconto por ter os sentimentos ao rubro, e não significa isto que esteja perdida em mim no que toca a sentimentos, mas por vezes confundimo-nos e temos que nos saber ler como que um mapa de um caminho desconhecido.

A solidão por exemplo… este é um sentimento que uma grávida não sente, apesar de eu achar que sim por passar muito tempo sozinha.

Mas a realidade é que solidão não faz parte do meu dicionário, tenho o V., que a toda a hora me faz companhia, uma canção ou história que lhe conto que ele como que por magia parece perceber e responde com um pontapé que me deixa sem ar ou um pé cravado numa costela que me deixa sem posição.

Entretanto há pouco tempo li estas palavras que replicava o meu grande amigo G.E.:

Chico Buarque define solidão...
Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo... Isto é carência!
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... Isto é saudade!
Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes para realinhar os pensamentos... Isto é equilíbrio!
Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente... Isto é um princípio da natureza!
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado... Isto e circunstância!
Solidão é muito mais do que isto...
SOLIDÃO é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma.
Francisco Buarque de Holanda (Poeta, compositor e cantor)

e ainda fiquei com mais certeza de que no meio deste turbilhão de sentimentos, a solidão não se encontrava, nunca em tempo algum estive perdida em mim mesma e nunca procurei em vão pela minha alma, a realidade é que estou encontrada em mim própria, até certa altura podia achar que não, mas sempre estive.

A felicidade que sinto transpõe-se aos sentimentos menos bons que por vezes aqui reinam e aprendi o verdadeiro sentido da palavra solidão!


E uma grávida nunca mas nunca está sozinha! 

02/04/2014

Nasci para?





Se tivesse que responder a esta pergunta sem duvida alguma que a resposta é: nasci para ser Mãe!

Aliás, mesmo antes de ser Mãe já dizia para mim própria que tinha nascido para isso mesmo, foi sempre uma vontade um desejo enorme.

Não sou uma pessoa com grandes aptidões, não há assim nada que eu tenha um jeito fora do normal, não sei cantar, não sei desenhar, não sou dançarina por ai além, acho que a única coisa que posso dizer que tenho alguma aptidão é para cozinhar (pelos menos o A. e os convidados cá de casa não se queixam) posso mesmo dizer que é uma paixoneta – eu e a cozinha! Mas lá está é uma paixoneta o que faz com que a aptidão que tenha seja fruto de algo que gosto muito de fazer, não que tenha nascido com mão de cozinheira.

Até na minha vida profissional, admito que sou esforçada que gosto de cumprir com o que me é pedido e proposto e gosto de o fazer bem, mas dizer que nasci para exercer a minha profissão que por sinal caiu na minha vida de paraquedas, não, não nasci.

Já trabalhei com pessoas que literalmente nasceram para trabalhar e pára tudo porque o mais importante é o trabalho, mas eu não sou nem consigo ser assim, a minha prioridade sempre foi a minha família, que sim me completa e faz feliz, mas calma, não concebia a minha vida sem trabalhar, mas trabalhar com conta peso e medida e de forma a que consiga gerir e conciliar a minha família – talvez não seja muito ambiciosa nesse campo.

Agora ser Mãe é uma coisa intrínseca, natural, espontânea, verdadeira, autêntica, sincera…é tudo!

Sou uma pessoa que acredito que nada acontece por acaso, contudo, e apesar de achar que nasci para ser Mãe, a maternidade tem sido irónica comigo.

Estou grávida pela 4ª vez, as minhas duas primeiras gravidezes não foram um sucesso, foram momentos complicados, quer física quer psicologicamente, mas não sou uma pessoa de me entregar e acho que reagi sempre da melhor maneira apesar da tristeza que sentia, considero-me bem resolvida, para mim o truque foi nunca desistir!

Engravidei da M., também foi uma gravidez com alguns percalços, 3 grandes sustos sendo que dois exigiram internamentos hospitalares, até que às 36 semanas e 4 dias ela quis nascer.
Quando a tive nos braços pela 1ª vez, ao contrário do que a maior dos pais sente – E agora? – de imediato senti – É ISTO! – e foi sem duvida a maior chapada de amor que levei na minha vida.
Por muito que queira descrever o que sinto por ela, é demasiado intenso e acho que não haverá adjectivos suficientes para fazer tal descrição.
Mas com ela senti-me completa, senti que a partir daquele momento ela era a minha vida, ter aquele pequeno ser para me dar de corpo e alma e para viver em sua função foi o melhor que me aconteceu na vida.

Agora conto os dias, para a chegada do V., e estou mortinha para perceber o que se sente com a chegada de um 2º filho. Será igual? Mais complicado? Mais tranquilo? Não sei como vai ser… a única coisa que sei é que este bebé é a cereja no topo do bolo, é o culminar de um sonho de menina – ser Mãe!

Um bj a todas as Mães,



01/04/2014

Desejo para Abril!




Sempre fui uma pessoa de contar os dias, sempre tive um calendário na minha secretária que a cada novo dia fazia uma bolinha à sua volta, como se de uma presidiária se tratasse, não me perguntem porque o faço porque eu própria não sei responder, acho que comecei a fazer isso por graça e acabou por se tornar uma rotina! 

Dezembro foi o mês em que tudo se deu, nem sei dizer se foi fácil se foi difícil porque estava demasiado perdida para o qualificar, apenas receava o quanto Janeiro era um mês longo e o quanto me ia custar a passar.

Chegada a Janeiro, este foi o mês mais longo da minha vida, contava os dias, as horas, os minutos e os segundos para que o dia 31 chegasse rapidamente. 

Foi um mês difícil, muito difícil, muito tempo de hospital, um mês sem margem para respirar de alívio e os dias eram vividos um dia de cada vez sempre com o risco do pior poder acontecer. 

Depois chegou Fevereiro, não me assustou, é um mês pequeno e mentalizei-me que iria passar rápido e passou, apesar dos dias difíceis que também ai vivemos e de nesse mês termos vivido o primeiro grande balde de água fria.

De Dezembro até meio de Fevereiro as hemorragias não nos deram qualquer trégua, a meio de Fevereiro tivemos a primeira suposta luz verde, mas falso alarme, logo três dias depois voltámos à estaca zero.

Chegamos a Março e mais uma vez achei que ia ser um mês longo, mas não foi, passou rápido, ao longo do mês as coisas também foram acalmando embora muito lentamente e eis que agora para o fim tivemos novamente uma luz verde, mas desta vez o espírito é outro e a segurança também, não me perguntem porquê mas há coisas que sentimos e desta vez sinto que não vamos voltar a ter um segundo balde de água fria e que as coisas vão finalmente começar a compor-se.

E estamos em Abril!

Em Abril, volto a ter a sensação que vai ser um mês custoso de passar, mais 30 dias pela frente….por favor Abril…..voa! e não me pregues partidas!