A maternidade tem coisas tramadas e uma das que me é mais difícil de gerir são as birras, as constantes birras que bem sei que na maioria das vezes, são reflexo do, ainda, descontrolo emocional e da dificuldade que os miúdos têm de gerirem as frustrações.
Até aqui tudo bem!
Quer dizer, tudo mal! Porque o problema é que a frustração deles também a mim me causa frustração, embirração e irritação e entramos na roda da complicação, e isto são demasiados "ão´s" para uma pessoa só.
Que as Mães não são perfeitas já toda a gente sabe, tal como os meus filhos, também erro e também me zango comigo própria, com os outros e com a vida no geral.
A tensão acumulada, os medos, as inseguranças, o cansaço, o stress, a roda viva do dia a dia, a tal frustração, são muitas vezes uma mistura explosiva e muitas vezes a tal mistura explosiva não explode, mas deixa o rastilho ali à mão de semear e muitas vezes, talvez mais vezes do que gostaria, estas birras deles lançam um estilhaço, caem no rastilho e PPUUUMMMMMM, é neles que acabo por descarregar, e é ali mesmo dentro da família que descarrego esse mal estar e me permito dar largas ao mau humor que por vezes está ali de mão dada com a cólera e com a embirração.
Curioso isto de, mais facilmente nos irritamos com aqueles de quem mais gostamos por muito que não queiramos fazê-lo e por melhores que sejam as nossas intenções.
Simplesmente há dias em que não conseguimos deixar o cansaço e a ansiedade reprimida do lado de fora da porta, e os filhos, sobretudo os mais pequenos, são o alvo perfeito do nosso desalento.
Desculpem miúdos, mas às vezes também preciso de fazer birra, sim, as Mães também fazem birras.
♥️♥️♥️♥️
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