26/05/2015

Coisas simples...


Há dias em que no meio desta rotina louca perco a noção…

perco a noção de que são as coisas simples que me fazem sorrir, que me fazem feliz!

Gosto de coisas simples, gosto de coisas onde encontro alguma verdade, coisas onde me consiga rever. 

A vida tem-me tornado cada vez mais simples, e cada vez tenho mais a certeza de que lhes quero transmitir isto da simplicidade da vida, afinal de contas é nas coisas mais simples que estão os maiores valores da vida, valores que são conquistados junto àqueles que têm os bens mais valiosos que se pode almejar na vida: o amor e a amizade.

As pequenas coisas proporcionam grandeza, um pouco de atenção, um abraço, um afeto, um simples gesto de carinho, ou um simples bilhete como este que Baby M. e Baby V. receberam, um bilhete que me arranca um sorriso sincero em cada vez que o vejo.

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22/05/2015

Parabéns Baby V.



Parabéns bebé da Mãe!

1 ano de ti!

1 ano de um amor que tu vieste enriquecer e engrandecer.

Que sejas sempre muito feliz.

❤❤❤❤

é meia noite...

Não me lembro de ter chorado à meia noite quando Baby M. fez um ano, não me lembro de ter tido esta vontade repentina de ir a correr ao quarto para a ver e tocar.

Parece que foi ontem, ainda hoje sinto o toque da primeira vez que te peguei, da primeira vez que te beijei, do que te sussurrei ao ouvido: estou tão orgulhosa da tua valentia e persistência.

Alguém que me beslique! Já tens 1 ano!

e eu dou por mim com tanta coisa ainda por resolver que já pensei que estivesse arrumada.


♡♡♡♡

21/05/2015

Sobre ser Mãe pela segunda vez...#2




A um dia de Baby V. fazer 1 ano faço um balanço do que é ser Mãe de dois.

Um balanço deste que é sem duvida o maior e mais difícil desafio ao qual jamais fui sujeita, um desafio diário que vai acompanhar o resto da minha vida, uma aprendizagem diária, deste eu enquanto Mãe, deste nós enquanto família.

Quando Baby V. nasceu e me vi com dois bebés nos braços não fazia ideia do que me esperava, confesso que ser Mãe de dois com idades tão próximas é difícil, é trabalhoso, é uma verdadeira loucura entre fraldas, biberões e chuchas a dobrar.

No entanto, agarro-me à ideia de que os 18 meses que os separam resultarão numa amizade e cumplicidade ímpar e que será mais fácil criar os dois ao mesmo tempo.

A palavra revezar nem sempre se aplica em nossa casa, é um para cada um ou às vezes os dois para um, é possível chegar aos dois, mas a maioria das vezes é difícil chegar aos dois ao mesmo tempo, e quando não é possível, aprendi a ter que deixar um dos dois a chorar e dar prioridade àquele que precisa mais no momento.

Aprendi que ao contrário do que pensava não sou uma super mulher e não consigo chegar a todo o lado.

Desde que sou Mãe de dois que há dias que parece que cai num poço de culpa, a culpa aumentou significativamente depois de Baby V. nascer, não sei se é um sentimento comum a todas as Mães, mas eu sinto, em vários momentos e por vários motivos. Ao inicio sentia culpa por ter que dividir a atenção que antes era exclusiva de Baby M. e ao mesmo tempo não me poder dedicar exclusivamente a Baby V. como fiz com ela, sinto culpa por não ter tempo suficiente para os meus filhos, sinto culpa por deixá-los na escola durante quase 10 horas diárias, sinto culpa por haver vezes em que descarrego neles as minhas frustrações e cansaço, sinto culpa quando lhes falho…ainda estou a aprender a viver com esta culpa!

Enquanto Mãe de dois aprendi que preciso de me dividir, que preciso de me multiplicar, aprendi o que é isto da multiplicação do amor e que é possível amar duas pessoas da mesma maneira.

A vida já me tinha ensinado a amar várias pessoas embora de forma diferente, amar duas pessoas da mesma forma, sem preferência e sem hierarquia, amar duas pessoas como se fossem uma só, era algo que me era desconhecido, mas aprendi que ao contrário dos meus medos ainda quando Baby V. morava em mim, sim, é possível amar dois filhos ao mesmo tempo e com a mesma intensidade.

Enquanto Mãe de dois tenho a sorte de poder presenciar, de fazer nascer e de ajudar a construir uma das coisas mais importantes no mundo, o amor entre Baby M. e Baby V, o amor de irmãos.

Derreto-me com a reacção dele perante a chegada dela, o entusiasmo, o riso mais que dobrado, o brilho nos olhos e os braços esticados em sua direcção, tivesse ela capacidade física de o agarrar ao colo que de imediato o apertaria enquanto lhe afaga o cabelo e lhe diz "Pixente Goducho" de forma carinhosa e enternecida.

Mas na maternidade nem tudo são borboletas, há dias de lagarta, dias que me apetece fugir para longe, dias em que me apetece paz e silêncio, ainda assim eu agradeço todos os dias por ter a sorte de eles existirem na minha vida, ainda assim o balanço deste desafio difícil é positivo, foi até hoje o desafio mais gratificante e compensador, foi até hoje o melhor da minha vida.

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18/05/2015

Ontem há um ano atrás...




Lembro-me que fomos almoçar fora, de seguida fomos ter com a Catarina ao jardim do Campo Pequeno e por fim fomos ao aniversário da minha sobrinha B.

O que parece ser um dia normal foi para mim um dia diferente, foi o único dia da gravidez de Baby V. em que me senti a viver a vida de forma normal, um dia em que não olhei a meios e fiz quase tudo o que me apeteceu.

Mas este foi um dia especial, já contava quase 7 meses em que não pegava Baby M. ao colo.

Não o consegui fazer sozinha, o A. a medo, e face às minhas limitações físicas teve que pegar nela para a por e tirar do meu colo, e lembro-me que, antes que ele me tirasse a minha filha dos braços, que me afastei, para que, e ainda que fosse só por segundos, fosse um momento só nosso.

Lembro-me que...
Contava os dias para voltar à minha vida.
Contava os dias para ele nascer.
Contava os dias para voltar a ser Mãe de Baby M., 
Contava os dias para entrar no desafio de ser Mãe de dois.

O tempo voa…

Hoje conto os dias para celebrarmos o 1º aniversário de Baby V. está quase...

Faltam 4 dias…

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11/05/2015

Ser Mãe é…

Percebi hoje às 01:30 da manhã que o leite de Baby V. acabou, que aquela que eu pensava ser uma caixa nova afinal estava guardada vazia.
Acordei o A., disse-lhe que ia à procura de uma farmácia de serviço, no caminho rezava…rezava para que ele não acordasse com fome.
Sai a voar em direcção à farmácia de serviço mais perto, não tinha o leite…
Voltei a meter-me dentro do carro e continuei o voo para a próxima farmácia de serviço, entrei na 2ª circular e decidi ligar primeiro para perguntar se tinha o leite, também não tinha…
Já a entrar em modo desespero decido parar na berma da 2ª circular e começar a telefonar  a todas as farmácias de serviço permanente antes de me voltar a por a caminho sabia lá eu para onde, a resposta era sempre a mesma: Não! Não temos! Não vendemos essa marca! Esse leite é vendido no supermercado vai ser muito difícil conseguir encontrar numa farmácia!
Ao fim de uns cinco telefonemas oiço um Sim temos, uma única embalagem!
Continuo o voo 2ª circular fora até à Avenida do Uruguai, saio do carro, compro o leite, entro no carro com pressa de chegar a casa, ansiosa e na expectativa que a qualquer momento o A. me ia ligar com ele a chorar de fome. O telemóvel acusa 10% de bateria. Para voltar para casa faço o caminho que faço todos os dias quando saio do trabalho, pois ontem tinha que me enganar, quando dei por mim estava quase a entrar na ponte 25 de Abril por sorte sai na última saída para a Praça de Espanha e até casa é num instante.
Chego a casa, estaciono o carro, subo no elevador, e estou de mãos vazias, o leite? Ficou no carro.
Desço outra vez ao carro, olho para o relógio e conto 40 minutos nesta situação, subo, entro em casa – Silêncio! Todos a dormirem, Baby V. por sorte não acordou como de costume a reclamar o seu leitinho.

Deitei-me de consciência pesada, há erros inadmissíveis.

Lembro-me de uma vez nos ter acontecido exactamente o mesmo com Baby M. e de ter prometido a mim mesma que com Baby V. não iria passar por sufoco semelhante, passei precisamente na última lata de leite que tive que lhe comprar.


Ser Mãe é também falhar com os filhos!

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06/05/2015

Coisas minhas#4

Percebo que ando mesmo cansada quando, ao olhar para a nova montra do talho da nossa rua comento com o A: 

- As pessoas são más, já viste que já foram estragar a nova montra do talho? Escreveram-lhe Porco nos vidros. 

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04/05/2015

Do Dia da Mãe


Ontem, ao contrário do que li em inúmeros murais, o meu dia não foi envolto numa maternidade idílica e perfeita.

Acordei e estavam já os três na sala, no sofá, o A. no meio com um de cada lado, ignoraram-me, estavam bem no aconchego do Pai, não senti que fosse dia da Mãe.

Estiquei os braços a baby V. não ligou, pedi um beijinho a baby M., não deu, não me apeteceu mesmo que fosse dia da Mãe.

Passado um bocadinho Baby V. quis vir ao meu colo, Baby M. correu em minha direccão enquanto gritava MÃEEEEEEEEEEEE…apeteceu-me que fosse dia da Mãe.

O dia correu como de costume, envolto em biberões, chuchas, fraldas, birras, sopas, sestas, banhos, senti que era dia da Mãe.

No instante que Baby M. nasceu percebi que ser Mãe não é um compromisso diário, é sim um compromisso para a vida, um compromisso com dias mais ou menos fáceis, com dias mais ou menos felizes.

Todos os dias é dia para ser vossa Mãe.

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