22/11/2017

Amar no caos...

É simples amar o que está bom, o que está bem, o que é bonito, o que é bem feito.

É fácil amar um filho quando come tudo, quando dorme a noite inteira, quando não chora, quando não faz birras, quando não grita, quando diz obrigado, se faz favor, com licença, quando não desobedece, quando não teima, quando não erra.

Mas e amar na dificuldade? 

Na desordem? 

Na contrariedade? 

No caos? 

Amar quando grita, quando se atira para o chão, quando responde de mau tom, quando não cumpre, quando não ouve, quando berra, quando corre, quando se irrita, quando desrespeita, quando nos leva ao desespero.

Como é que se faz para acalmar, quando por dentro sou dominada por um furacão, um turbilhão, um maremoto materno?

Mentiria se dissesse que a maternidade nunca me trouxe a raiva como sentimento, e isso não faz certamente de mim pior Mãe, admito que a maternidade me tem trazido momentos difíceis de gerir e que muitas vezes não sei como os gerir ou como solucionar.

Não nasci Mãe, estou também eu a aprender a gerir as novas emoções que a maternidade me apresenta todos os dias, e vou aprendendo a respirar antes de falar, a contar até 10, a engolir o grito, a saber que por vezes tenho que me retirar, a abraçar mesmo que julgue que não merecem, a procurar a  melhor solução e a colocar, sempre, o amor acima da raiva.

Todos os dias procuro não repetir os erros outrora cometidos, não aplicar as estratégias menos eficientes e fugir ao caos dando-lhe lugar à serenidade e harmonia.

Amar no caos podia perfeitamente ser o título de um livro.

Um livro que é escrito todos os dias por mim e por ti, todos os dias, nas nossas casas, o final feliz só depende de nós, porque o amor por um filho é incondicional, até no caos.

♥️♥️♥️♥️

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