Ser Mãe é completamente impossível de descrever.
É amar incondicionalmente, é rir e brincar, é chorar e desesperar, é transbordar de alegria com um abraço apertado, é sentir orgulho, é sentir medo, é sentir angústia, é sentir felicidade… ser Mãe é tudo isto e muito, mas muito mais.
É também sentir preocupação, é querer dar o melhor aos nossos filhos e guiá-los da melhor forma para fazer deles pessoas felizes.
E no meio desta nossa tentativa de dar o nosso melhor é natural que nos deparemos com inúmeras teorias e correntes sobre a melhor forma de educar.
E tão díspares que são!
E tão díspares que são!
Mas há uma corrente que a mim me desperta particular interesse, o “Slow Parenting”.
O "Slow Parenting" defende uma verdadeira desaceleração da vida e a opção por uma educação com menos pressão, menos actividades, menos gadgets tecnológicos, menos compromissos, menos metas e, consequentemente, menos pressa, mais brincadeiras e mais presença, proporcionando uma infância mais tranquila e que permita às nossas crianças explorar o mundo ao seu ritmo.
O "Slow Parenting" defende uma verdadeira desaceleração da vida e a opção por uma educação com menos pressão, menos actividades, menos gadgets tecnológicos, menos compromissos, menos metas e, consequentemente, menos pressa, mais brincadeiras e mais presença, proporcionando uma infância mais tranquila e que permita às nossas crianças explorar o mundo ao seu ritmo.
Querem saber um pouco mais?
Tudo isto são formas de pensar e agir cheias de boa intenção e que, inclusivamente, podem exigir sacrifícios por parte dos pais, nomeadamente pessoais e financeiros.
Mas o “Slow Parenting” defende que é preciso PARAR. É preciso proporcionar uma infância calma e diminuir a velocidade das exigências. É preciso criar espaço para que os pais possam estar mais presentes e deixarem de ler e-mails enquanto brincam com os filhos ou de estar sempre a correr para não chegarem atrasados a compromissos em excesso.
O que o “Slow Parenting” propõe é resgatar a infância como um período de descobertas e aprendizagens, permitindo que os filhos sejam eles próprios e não aquilo que os pais desejam que eles sejam.
Este movimento baseia-se em alguns princípios. Do que li e pesquisei, basicamente tirei estas conclusões:
1. É importante dar ouvidos às crianças. Ouvir os nossos filhos é fundamental para estabelecer uma relação de amor e confiança. É também importante cultivar a habilidade de os observar, assim como às outras crianças, para podermos ter em conta as diferenças de desenvolvimento em todas as idades. Mas atenção: “dar ouvidos” não é deixá-los fazer o que eles querem: a ideia é permitir que eles sejam quem são mas que não deixem de fazer o que é necessário ser feito. Assim, dizer NÃO é perfeitamente legítimo e necessário, assim como estabelecer limites.
2. O “emprego” das crianças é brincar. Brincar nem deveria fazer parte da agenda da criança: é uma condição do desenvolvimento.
3. Actividades extra curriculares em excesso são de evitar. As actividades extra curriculares podem ser muito boas quando ajudam a exercitar a mente e o corpo, mas são nocivas quando são em excesso. Na verdade, as crianças até aos 5 anos de idade devem aprender livremente e apesar de a partir dessa idade já aprenderem de forma mais sistematizada, as actividades devem ser na dose certa. Por isso é importante aprender a reconhecer quando uma actividade não vale a pena ou deixou de ser produtiva. São aulas de inglês que querem? Que assim seja. São aulas de dança? Que assim seja. Aulas de surf? Que assim seja. Mas não as três…
4. Menos, menos. Menos correria para tudo, menos consumo, menos metas, menos comparações, menos rótulos e mais tempo livre para as crianças brincarem, simplificando-lhes a agenda.
5. O tédio faz bem. Deixar que as crianças fiquem entediadas é uma forma de fazer com que elas aprendam a ser mais criativas, permitindo a expansão da mente a novos e livres pensamentos.
6. O ócio familiar é necessário. Reservar algumas horas por semana para “não fazer nada” em família é importante. A ideia é conversar, jogar, cozinhar, etc., sem nenhuma programação prévia. Mas atenção: o “Slow Parenting” não defende o ócio na educação, pois isso pode resultar em pais ausentes e filhos indisciplinados. O ócio deve ser cultivado como um valor e como um momento específico. Como já foi dito, uma criança precisa de rotina e limites.
7. Fazer novos amigos é fundamental. Quando forem ao parque com os vossos filhos resistam à tentação de estar sempre a brincar com eles. Deixar as crianças relacionar-se com outras crianças é importante. O círculo social dos filhos precisa ser maior do que apenas o círculo familiar.
8. Não pressionar é essencial. O “Slow Parenting” não significa descartar todas as formas de disciplina. A ideia é incentivar as crianças a fazer coisas, a seguir as suas paixões, encontrando o equilíbrio entre as exigências diárias e o que é importante para elas. Para as crianças, compreender-se a si, aos outros e ao mundo já é uma aprendizagem enorme, por isso não faz sentido que os adultos acrescentem ainda maiores exigências sobre elas.
Sem comentários:
Enviar um comentário