31/08/2014

Em jeito de desabafo

é o modo em que escrevo este post hoje. 

Um desabafo do que me consome, consumem-me as mudanças, não gosto de mudanças, nada mesmo, tenho a capacidade de facilmente me habituar às mudanças que me vão aparecendo na vida, mas inicialmente custa muito. 

Chegámos hoje de férias e com essa chegada duas mudanças, a primeira, amanhã começo a trabalhar, ainda em casa mas já começo a ter que dividir o tempo que tinha em exclusivo para ele com o trabalho, confesso que estou sem vontade nenhuma, esta cabeça está ainda em modo baby, em modo biberão e fraldas e muito longe de processos, códigos e afins. Engraçado, aquilo que há uns meses me dava força para superar os dias chatos está agora a ser chato.

A segunda mudança, a que me vai custar mesmo, a minha mãe hoje foi-se embora, voltou para a sua casa, estava cá em casa desde Dezembro, quando as coisas se complicaram segurou as pontas todas e fez andar o barco, cuidou de mim, dos meus filhos, da minha casa, de todos nós como ninguém.

Não sei o que responder à M. amanhã de manhã quando acordar e perguntar pela avó como faz todos os dias. 

A minha mãe está a 10 minutos de distância, mas o que sinto hoje é como se tivesse viajado para o outro lado do mundo. 

Quando nascem os filhos as mães contam que são assoberbadas por um amor inexplicável, e os filhos? Também nós filhos somos vitimas deste amor inexplicável que sentimos pelas mães, tal como não consigo explicar o amor que sinto pelo meus filhos muito menos consigo explicar o amor que sinto pela minha mãe. 

Amanha será um novo mês, um novo dia, uma nova etapa, vais fazer-me falta, muita falta. 

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