20/06/2014

O dia em que o V. nasceu!


O parto estava marcado, pelas 8:00 já estávamos no hospital, estive sempre calma e tranquila, estava desejosa que o dia do nascimento dele chegasse por várias razões.

Subimos para o piso 2, o piso que me é tão familiar, a forma como sou recebida por todos é quase como que chegar a casa, a excitação naquele piso por finalmente o V. nascer é enorme, tal como nós, todos estão desejosos de o ver. 

Entre burocracias e entrar no bloco foi tudo muito rápido. 

Só depois de estar no bloco e já com epidural é que comecei a ficar estupidamente nervosa, muito mais nervosa do que no parto da M., sabia perfeitamente ao que ia mas mesmo assim não foi suficiente. 

A médica começa a cortar e dói-me, a epidural não estava a fazer o efeito desejado, pára de imediato, apalpa a minha barriga, olha para mim e diz-me: vou pô-la a dormir!

Sabia o que isso significava, não ia ver o V. nascer mas confiei nela e assenti, o A. estava ao meu lado e a última coisa que lhe disse: a partir do momento em que ele nascer não o largues, não desvies o olhar dele um segundo!

Ainda acordei a meio olho para o lado não vejo o A. e pergunto se já tinha nascido, se estava bem e se era cabeludo, que raio de pergunta esta última não sei como é que isto me saiu, não me dão hipótese para mais perguntas e põem-me logo a dormir outra vez porque continuava a sentir tudo com dor.

Segundo o A. ainda bem que estive a dormir, o que supostamente seria uma cesariana normal, tornou-se numa cesariana complicada e um bocadinho violenta, baby V. estava completamente atravessado e muito subido e não estava fácil para o conseguir puxar.

Tinha que ser difícil até ao fim!

Já no recobro pergunto ao A. o que tanto me atormentava: Foi para a incubadora? 
A resposta foi positiva, mostra-me no telemóvel uma fotografia dele e acalma-me dizendo que será temporário e que face à gravidez que tive, os médicos estavam espantados com o V. e comentavam entre eles o quanto era um bom bebé tendo em conta a sua prematuridade e tudo o que aconteceu.

Passando uns 15 minutos vêm trazer-me o baby V., já não me lembrava o que era levar esta chapada de amor, o que era apaixonar-me num segundo, enchi-o de beijos e segredei-lhe ao ouvido o quanto estava orgulhosa da valentia e persistência dele, aninhei-o no meu peito e naquele momento desejei ter um botão de stop para parar o tempo e ali ficarmos os dois. 

A minha querida Catarina esteve connosco e captou estes momentos maravilhosos, podem espreitar aqui, pena não a terem deixado entrar no bloco conforme programado mas por vários motivos não foi possível.

Bem sei que este é um momento intimo, e não, não tenho medo de o esquecer isso é impossível, mas eu acho que as imagens conseguem retratar bem o que por ali se sentiu o que por ali se viveu, e eu quero que o V. tenha a oportunidade de ver o "fim" da história e que consiga captar em conjunto com as palavras que lhe fui escrevendo todos esses sentimentos, quero sem duvida partilhar estas imagens com ele quando for maior.

Passou quase um mês e confesso que estou completamente rendida ao meu baby V., olho para ele durante minutos e minutos sem sequer pestanejar.

Este meu filho veio mesmo para vingar, muito curioso, muito comilão e eu sei que sou suspeita mas lindo e perfeito!

A M. está a ser uma irmã tão querida, até ver está a correr bem, tem reagido bem ao irmão, dá-lhe muitos beijinhos e miminhos e está sempre a perguntar pelo bebé. 

Agora é tempo de me dedicar aos dois de corpo e alma, usufruir desta sorte que tive, ter a M. e o V. na minha vida e poder dizê-los MEUS. 








1 comentário:

  1. Muitos parabéns e muitas felicidades para todos pois bem merecem ;) Beijinhos

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