31/10/2014

Vamos ajudar...

Perguntaram-me uma vez porque não escrevia sobre este tipo de assuntos no blogue, tento abstrair-me, cobarde eu sei, confesso que nunca consegui fazer um like na página da Nonô, eu sabia que mesmo não querendo (mas no fundo queria) ia sabendo dela. A Nonô é (impensável escrever era) prima de uma amiga a quem um dia confessei esta minha cobardia, esta minha fraqueza e ela gentilmente me disse que não, eu não era nem cobarde nem fraca, protegia-me do que me sensibiliza e me faz pensar, do que me tira o sono. 

Entretanto ontem vejo a circular no Facebook a Página da Genny e da Gui, a primeira coisa que me veio à cabeça é que seria uma fraude para extorquir dinheiro (shame on me) na altura a página teria qualquer coisa como 200 likes, entretanto passado umas horas a página volta a aparecer-me e já tem por volta dos 1.000likes e sempre que me voltava a aparecer os likes aumentavam a grande velocidade, entretanto li num grupo de culinária alguém que ripostava pelo facto de outro alguém ter partilhado a página num grupo que nada tinha a ver com o assunto, li os comentários dos que eram a favor, dos que naõ eram a favor e dos que diziam que conheciam a Genny e o Gonçalo, fiquei a pensar…

Ao jantar oiço ao longe a noticia no Telejornal, oiço um testemunho de um pai em lágrimas desesperado, conto a história ao A. e digo-lhe que quero contribuir. 

A gravidez do V. foi toda de coração nas mãos, primeiro, e pelo pouco tempo de gestação, o medo de o perder e depois, à medida que o tempo avançava, que nascesse prematuro, tinha este medo terrível, este medo terrível de ter um filho e chegar a casa com as mãos a abanar. 

Não imagino o que seja estar numa situação desta, na incerteza da sobrevivência de um filho, longe, tão longe do seu país e sem poderem voltar, estes pais precisam de ajuda, bem sei que há muitas pessoas a precisar de ajuda, mas temos que começar por algum lado e infelizmente temos que fazer escolhas por não conseguir chegar a todo o lado, e confesso que este assunto me toca em particular e se todos ajudarmos independentemente do valor que podemos disponibilizar, as causas que nos nos sensibilizam, que nos fazem pensar, que nos tiram o sono, certamente que viveremos num mundo muito melhor. 

E não, desta vez também não consigo fazer like na página.

Nosso Menu - Semana 45/52

Com toda a certeza que 3ª feira o Menu não será cumprido :-) 

Baby M. quase a fazer 2 anos! 

Bom fim de semana! 

Mundo pequeno...

A J. estava grávida de fim de tempo e conversa com a A., comenta o quanto já está cansada, pesada e ansiosa para que a pequena C. se dê a conhecer.

A A. diz para a J. que tenha calma que está quase e que não se queixe porque teve aquilo que se chama de gravidez santa, diz-lhe ainda que sabe lá ela, tem uma Colega de trabalho que teve uma gravidez complicada, uma gravidez acamada.

J: Mas eu também tenho uma amiga que teve uma gravidez assim, não se podia levantar, sempre de cama e muitas vezes no hospital.

A: Sim, mas esta minha Colega também, acho que aquilo foi mesmo complicado.

J: Impossível ter sido pior que esta minha amiga ela teve uma cólica renal que teve que ser operada e tudo. 

A: Sim mas esta também. 

J: Mas esta minha amiga foi mesmo muito complicado.

A: Mas para esta minha Colega também.

J: Mas esta minha amiga V. teve ainda mais problemas pelo meio.

A: V? V.M?

J: SIMMMMMMMMMM. 

O mundo é pequeno, tão mas tão pequeno...

Espero que seja demasiado pequeno para acolher o teu sorriso e os teus feitos pequena C.

Bem Vinda!

30/10/2014

Para lerem quando crescerem* #1

Um dia vão perceber o porque desta minha luta com e contra o tempo…
crescem de dia para dia sem o meu consentimento, assim como vos crescem os pés e os sapatos deixam de servir cresce o meu amor por vocês, amor desmedido, ilimitado...
Sou egoísta, que egoísmo o meu, que egoísmo o meu querer-vos só para mim.
Pergunto-me se estou a fazer um bom trabalho, procuro sempre ser melhor, fazer melhor…é o maior desafio da minha vida preparar-vos para o mundo. 
Dei-vos assas mas não se esqueçam que estou aqui para vos ensinar a voar, para amparar na queda, serei sempre o ninho onde podem pousar. 
Pulem, corram, sonhem, fantasiem, desenhem, pintem, cantem, gritem, brinquem, brinquem muito, brinquem tanto, tenham uma infância cheia de brincadeiras e aventuras para sempre a recordarem.
Cresçam ao vosso tempo, sem saltar nenhuma fase, falem, desabafem comigo, tentarei dar-vos os melhores conselhos.
Não tenham medo de errar, sigam os vossos instintos, mas pensem duas vezes antes de agir, se bem que por vezes é tão bom agir de impulso mas pode ter consequências, percebem nesta pequena frase a dualidade da vida? O quanto por vezes pode ser complicada? Ter duas escolhas? Que podemos seguir dois caminhos? Espero conseguir ensinar-vos qual o vosso caminho. 
Não tenham medo de arriscar, façam o que gostam, escolham o que gostam, descubram a vossa vocação e tenham a profissão dos vossos sonhos, experimentem coisas novas, sempre aprendendo, vivendo, ampliando os vossos limites, transformando o vosso mundo.
Rir é bom mas chorar por vezes também é, não faz mal chorar não tenham vergonha de chorar, não se fechem em vocês próprios, faz mal escondermos o que sentimos e sorriam muito por favor, não posso impedir que tenham problemas, tristezas e decepções, mas desejo que saibam vencê-las para depois valorizar os momentos bons.
Sejam responsáveis, pacientes, bondosos, generosos, sinceros, humildes, peçam desculpa se erram ou se magoam, pedir desculpas e perdoar os outros às vezes é difícil, eu sei, preservem os bons amigos, não se deixem levar pelos outros pensem por vocês, se caírem levantem-se e comecem de novo, façam as vossas escolhas e quando elas não forem bem feitas, sejam resilientes e aprendam com os vossos erros, confiem em vocês, não desistam, façam por serem respeitados e respeitem os outros, defendam aquilo que acreditam, aprendam a ouvir pontos de vista diferentes, observem à vossa voltam, deem valor ao que têm, olhem para as pessoas sempre do mesmo modo, independentemente do sexo, raça, classe ou religião, não guardem rancor nem deixem nada por dizer mas atenção sinceridade e frontalidade é diferente de arrogância e prepotência, orgulhem-se dos pequenos feitos que forem conquistando pelo vosso esforço, aproveitem a vida, aproveitem tudo o que a vida vos proporciona, mesmo as coisas que são um ou quase um dado adquirido, as coisas simples, as coisas pequenas da vida.
Nunca se esqueçam de primeiro amar a vocês mesmos, 
sejam amigos um do outro, 
sejam felizes!
Estarei aqui sempre por e para os dois.

Com amor 
Mãe



*para quando souberem ler

29/10/2014

“Maternites”

A  maternidade nem sempre é um assunto com pontos comuns entre as mães, há pontos de discórdia, que geram julgamentos e criticas, julgo até que estamos a atravessar um "boom" de opiniões que chegam ao ponto de gerar polémica, a meu ver desnecessária. 

Existem as mães que querem e têm parto normal que julgam as mães que querem e fazem cesariana, mães que defendem fervorosamente a amamentação e que amamentam o máximo de tempo que conseguem que penitenciam as mães que não conseguiram e aquelas que optaram por simplesmente não amamentar, mães que optam pelas fraldas reutilizáveis que criticam as mães que optam pelas fraldas descartáveis e toalhitas, mães que não são adeptas do co sleeping que ajuízam as mães que o praticam, mães que optam por oferecer uma alimentação sem leite, papas, frutas de boião, sopa com batata, iogurtes de aroma e carne que avaliam as mães que oferecem este tipo de alimentos, mães que têm ou não empregada e continuam a trabalhar que condenam as mães que deixaram de trabalhar para assumir o papel de mãe a tempo inteiro, mães que emagrecem facilmente que apreciam as mães que continuam com marcas visíveis da maternidade, mães que dedicam 100% do seu tempo aos filhos que medem as mães que continuam a ter vida própria, mães que têm mais do que um filho que questionam as mães que optaram pelo filho único, mães que ficam com os filhos em casa que contestam as mães que optam por os filhos na escola com meses, mães a quem os filhos pouco alterou a sua vida que reprovam as mães que fazem questão de frisar o antes e o depois de ter filhos, mães que...

A realidade é que acabamos todas por falar “maternites” a linguagem universal da maternidade, maternidade essa onde todas somos imperfeitas, inseguras, com medos, pontos fracos e necessidade de compreensão, afinal de contas neste assunto não há diferenças clubísticas, estamos todas na mesma equipa, ainda que, com opiniões, decisões, prioridades, valores e intenções diferentes, onde somos TODAS iguais. 

28/10/2014

Pequenas coisas...

A vida tem feito de mim uma pessoa cada vez mais observadora, mais atenta, observadora e atenta às pequenas coisas da vida.

A semana passada a escola dos meus filhos proporcionou aos pais uma manhã diferente, uma pequena manhã musical, uma manhã onde os pais podiam assistir à aula de música.

Nós tivemos direito a duas aulas, primeiro na sala dele depois na sala dela, uma aula pequena, apenas de meia hora.

Reparei que havia meninos que não tinham os pais a assistir à aula, cada vez que a porta da sala se abria olhavam expectantes na certeza que seria a sua mãe ou o seu pai, mas não eram!

Baixavam a cabeça mas bem resolvidos seguiam a sua vida embalados pelas notas musicais e coreografias do faz de conta. Apeteceu-me ser um polvo e agarrá-los um a um como fazia com os meus filhos, apeteceu-me por um bocadinho entrar no faz de contas deles e fazer de conta que também eram meus filhos.

Certamente os pais não puderam comparecer porque estavam a trabalhar, não lhes foi permitida a sua ausência profissional em prol da vida pessoal, a vida tem pequenas coisas que são grandemente injustas…

eu sei que é coisa pouca, coisa pequena, não é nada de mais, é só uma aula de música, eu sei que eles nunca se vão lembrar dessa ausência, mas lembram-se os pais, mas lembro-me eu e jamais vou esquecer a cara de felicidade de baby M. quando nos viu na sala dela. Não é a vida feita também de pequenas coisas? De coisas simples? De coisas menos importantes? Eu gosto dessas coisas…pequenas coisas que se tornam enormes pela sua simplicidade.

Faço contas ao tempo, às horas...

O dia tem 24 horas, 10 das quais são passadas na escola, outras 10 a dormir, sobram 4, ter a oportunidade e possibilidade de acrescentar um bocadinho mais de tempo a essas 4 horas não é uma pequena coisa.

27/10/2014

O melhor do meu dia...#1

Diz quem percebe do assunto que no decorrer da gravidez do V. se alguma vez tivesse sido internada na MAC nunca de lá tinha saído até ele nascer e que face à situação passado uns dias de lá estar mandavam sentar aos pés da minha cama uma psicóloga.

Confesso que nunca senti necessidade de uma psicóloga, nunca achei que fosse entrar em depressão ou algo do género, nunca senti uma necessidade extrema de falar, regra geral, consegui sempre manter a cabeça fria e os pés bem assentes no chão.

Agora a frio recordo alguns interrogatórios que as enfermeiras me faziam, perguntavam-me incessantemente se eu estava bem, se eu precisava de alguma coisa, se a M. já tinha ido ver-me naquele dia, se estava a comer tudo, se conseguia dormir de noite, se estava ansiosa, se estava cansada, se estava aborrecida, se estava triste…

Nunca chorei muito, não falo de choramingar, falo de chorar a sério, chorar até soluçar, conto por alguns dedos de uma mão as vezes que isso aconteceu e lembro-me sempre do porquê.

Depois surgiu a ideia do blogue, e confesso que me fez tão bem, à cabeça, à alma, ao coração, ao ego…extravasava as minhas parcas e simples palavras, ocupava a minha cabeça, preenchia mais o meu tempo, a minha vida…

O blogue surgiu porque tinha algumas duvidas, não conhecia ninguém que tivesse passado uma gravidez de cama, bem sei que há milhares de mulheres que passaram por gravidezes acamadas, mas não queria ouvir histórias da prima da vizinha que tinha uma sobrinha que tinha uma filha…, queria ouvir histórias na primeira pessoa, queria ouvir alguém que me dissesse: comigo foi assim!, a realidade, queria que alguém me dissesse: comigo foi igual e vai correr tudo bem! Nunca ouvi!

Quis de alguma forma que a minha história chegasse a quem precisasse, disponibilizar-me para quem, tal como eu, quisesse ouvir palavras na primeira pessoa, se calhar quero fazer um bocadinho de psicóloga J, de vez em quando recebo uma mensagem como uma pergunta envergonhada ou desesperada e depois recebo emails destes que me fazem ganhar o dia, quem me fazem pensar que afinal nada é em vão e que consegui chegar a alguém.

O assunto do email: Eu li o seu blogue do princípio ao fim..

Boa noite,

Não pude ficar indiferente,

Eu transformei-me dia 9 de Julho numa grávida acamada.

Não lhe consegui ficar indiferente quando li a sua história e a descobri pelo ties.

Não era eu mas era um bocadinho eu...

E a sua história tinha acabado em bem a minha também tinha que correr.

E sem me conhecer deu-me muita força. E por existir um sem número de coincidências...

E o meu F nasceu no dia em que fazia 38 semanas. E o meu coração ficou a rebentar de felicidade e amor imenso

Dps de tantos dias a ler :)

Sem a conhecer o meu muito obrigado!

Bj

Obrigada eu M.E.S. pelo seu email, pelo seu feed back, por me ter feito lacrimejar com as suas palavras, se eu tivesse a rubrica melhor do meu dia, era ter recebido o seu email, obrigada por me ter feito ganhar o dia.

Um enorme bj para si e para o F.

23/10/2014

My girl ♡



Não podia não mostrar como lhe tinha ficado o bolero que a R. do 2dto lhe enviou, sou suspeita mas ficou linda.

O laço? É da Mafalaço. São um amor!

A aproveitar os últimos dias dela com 1 ano. 

Não!



Não!

É a resposta a quem me perguntou se ele se mudou ontem para o quarto dele.

Está com tosse, MUITA tosse (a enganar-me a mim própria, tão francamente melhor grrrrrrrrrrrrrrrrrr)

Vai no fim de semana! Prometo!

22/10/2014

Esclarecimento :-)

Há uns dias publiquei um post no blogue que gerou alguma preocupação junto de algumas amigas, uma enviou-me mensagem no FB com leituras assertivas "Os pais podem e devem errar", outra email a dizer que era uma fase que eu só estava cansada e que ia passar, outra sms a perguntar se eu estava bem e até um telefonema em que ouvi com todas as palavras “não gostei nada daquilo”.

Minhas queridas amigas atentas e preocupadas, calma, eu estou bem, vocês que me conhecem sabem bem que não sou pessoa de depressões, se não a tive na gravidez do V. nunca mais na vida vou ter, acho que sou uma pessoa bem disposta por natureza, com pés na terra, consciente e bem resolvida embora também tenha os meus dias, e esse post não foi nada mais nada menos do que uma sátira ou um desabafo se assim preferirem chamar, eu não vivo com um sentimento de culpa constante mas sim pontual, qual de vocês nunca sentiu culpa relativamente a alguma coisa que tenha feito ou não, dito ou não aos filhos? Confessem, disse alguma mentira?

Bem sei que não há mulheres nem mães perfeitas, bem sei que estou autorizada a errar.

Um bj especial R.P.A., S.V., J.B., D.L e I.B.T.

5 meses de baby V.



És o meu bebé mais pequeno.

Só não és um bebé como todos os outros, por uma única diferente, és meu.

Uma mão cheia de ti!

Um coração cheio por ti!

21/10/2014

7 meses de blogue

Há dias que percebo que alguém leu o meu blogue de fio a pavio.

E fico a pensar, o que terá feito aquela pessoa ler o meu blog do principio ao fim?

Saber o que me aconteceu? Saber o fim da história? Simplesmente porque sim, até nem tinha nada para fazer? Por curiosidade? Porque gosta? Por até não achar piada e ver se a coisa vai melhorando? 

Não sei não faço ideia, sei que o facto de perceber que alguém me lê me dá vontade de continuar. 




20/10/2014

Preparativos...


A duas semanas e um dia do aniversário de baby M. já tenho as emoções à flor da pele, começam os preparativos para a festa da minha gordinha.

Será uma festa totalmente home made e com os habituais DIY (aos quais acrescento with love) que tanto gosto.

Até ao grande dia teremos serões animados entre tesoura, fita cola, saudosismo e lamurias: onde está a minha bebé? Pára de crescer!

You are my princess 

17/10/2014

Nosso Menu - Semana 43/52


O menu de hoje é um bocadinho diferente, mas não menos delicioso e saboroso, é quase, diria eu, um menu especial no que toca aos pequenos almoços e lanches.

O menu desta semana é da M. do O Copinho de Leite, a M. é mãe do P., e o P. é um menino alérgico à Proteína do Leite de Vaca.

Quando surgiu o Copinho de Leite de imediato me chamou à atenção, pelo facto de ser um tema que desconhecia por completo, pelo facto de na minha opinião estar extramente bem escrito, bem explicado e útil MUITO útil, a M. esclarece tão mas tão bem o que é esta alergia, esclarece questões tais como: qual é a diferença entre uma alergia e uma intolerância alimentar? Então e a lactose não é a mesma coisa que proteína do leite de vaca? Tem até uma secção dedicada a receitas adaptadas a esta realidade.

Comecei a seguir a história desta família, que apesar do sufoco inicial me parecem agora tão resolvidos e adaptados ao facto de se verem obrigados a viver com uma realidade diferente no que toca à alimentação do pequeno P., imagino que, sempre com o receio dos alimentos com proteína de leite de vaca na sua composição, até porque, alguns vestígios de leite são suficientes para desencadearem um choque anafiláctico. Na mala desta mãe, consta sempre, além do telemóvel, carteira e batom, um kit de emergência com anti-histamínico, broncodilatador, corticóide e injecção de adrenalina, mas é como diz a M.: Para já, vivemos um dia de cada vez. Ou melhor, ao ritmo de um copinho de leite (extensamente hidrolisado ou vegetal) de cada vez!

Obrigada querida M.

Um grande bj 

16/10/2014

16 de Outubro de 2013

Faz hoje um ano que aqueles dois traços cor de rosa voltaram a revirar a minha vida de pernas para o ar...

Já andava desconfiada, a verdade, já tinha quase a certeza que estava grávida mas andava consumida por não ter a certeza absoluta.

Telefonei-lhe e convidei-o para vir almoçar comigo, durante o almoço digo-lhe que não estou confortável com a dúvida, ele insiste em esperar mais uns dias, acho que não estava a acreditar, sou muito ansiosa no que toca a este assunto, insisti e ele assentiu em irmos comprar um teste de gravidez.

Fomos à farmácia, precisava também de fazer umas compras para baby M.:

- Boa tarde, tenho uma filha com 10 meses e as tetinas do biberão já não me parecem adequadas à idade dela, qual o tamanho maior das tetinas da avent?
- Mais alguma coisa? Pergunta a farmacêutica 
- Sim, papa! Papas da nutriben que sabores tem?
- é tudo?
- Um teste de gravidez.
A farmacêutica olha para mim com um sorriso maroto e olhos dela gritavam:
- (é para ti? Tu que estás a fazer compras para uma bebé de 10 meses e já estás grávida?)
Paguei, deu-me o saco e despedi-me com um, sim é para mim e sorri!

Ainda com o troco na mão, já estou a correr à procura da casa de banho mais próxima.

Aquelas riscas cor de rosa aparecem de imediato, eu sabia eu sabia eu sabia…

Ele cá fora à minha espera percebeu logo, ficamos os dois sentados à porta da casa de banho meios perdidos, fizemos mil perguntas um ao outro mas a que mais se ouviu: e agora?

Não quis ficar com o teste para não correr o risco de passar o dia a ver se as riscas se mantinham e ser descoberta no trabalho, ele levou-o, mais tarde liguei-lhe e pedi-lhe que tirasse uma fotografia ao teste para eu ver se as riscas se mantinham, lá estavam, ainda mais cor de rosa.

E foi assim, numa casa de banho do Colombo que descobri que baby V. vinha a caminho.

Passados uns dias o: e agora? passou a fazer parte do passado e começamos a fazer planos, planos a 4.

Bem ditas risca cor de rosa.

15/10/2014

Baby V. a caminho da emancipação

Quando baby M. nasceu percebi de imediato o que significava: nunca mais vais dormir da mesma maneira! achei que se sentia bem e se mantinha calma perto de mim (ou seria eu?) e decidi que nos seus primeiros dias dormia comigo, quando viemos para casa dormiu durante 3 dias connosco, depois comecei a pô-la na cama dela que estava colada à minha e dormia lindamente.

Durante um mês dormimos de luz acesa porque eu não conseguia apaga-la, queria abrir os olhos e conseguir vê-la logo (pobre A. que paciência), eu acordava várias vezes por noite e a luz acesa não me era suficiente tinha que por a mão de hora à hora para sentir que estava a respirar.

Aos 5 meses, e porque já não cabia no berço ao lado da nossa cama obrigatoriamente tive que a passar para o quarto dela.

As primeiras noites foram difíceis, para mim, ela que desde o 1º mês dormia tranquila e descansada, assim continuou, perdi a conta às vezes que agarrei no intercomunicador para ver se estava a funcionar, perdi a conta às vezes que me levantava.

Tudo o que eu acho que resultou com ela faço igual com ele, bem sei que cada bebé é um bebé mas...coisas minhas.

Quando baby V. nasceu também achei que para dormir se sentia bem e se mantinha calmo perto de mim (desta vez percebi definitivamente que era eu) ao contrário dela não dormiu 3 dias connosco mas sim 30, cada vez que fazia uma tentativa para o por na cama dele chorava e optava pelo mais fácil para mim e para ele (não para o A. que não é adepto desta minha opção).

Não dormimos um mês de luz acesa, foram só 3 dias, desta vez deixava a luz da casa de banho acesa, depois optei por ter uma luz de presença e lá para os 15 dias dele finalmente dormimos às escuras, mas para compensar, a mão passou a tocar-lhe de meia em meia hora em vez de hora a hora para ver se estava a respirar, também com ele tive sorte que desde o 1º mês dorme a noite toda.

A uma semana de fazer 5 meses, e mantendo a minha teoria de que se correu bem com ela vai correr bem com ele, de hoje a uma semana vai começar a dormir no quarto dele.

Vai? (NÃOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO é o que me grita dentro da cabeça) mas por muito que me custe sim vai ter que ir.

Vão voltar as noites de romaria para ver se respira, se tem calor, se tem frio, se está destapado, se tem a chucha, se o intercomunicador está a funcionar, se está de lado, se está de costas, se está acordado, se…

Já não me lembrava o quanto custava esta parte, o quanto custa este corte lento de cordão umbilical.

14/10/2014

2dto

No inicio do blogue a R. enviou-me uma mensagem maravilhosa e nunca mais deixámos de falar, também ela estava grávida do mesmo tempo do que eu e acabamos por de vez em quando ir sabendo uma da outra, a R. disse-me que eu precisava de ser mimada e que me queria mimar, dizia que tinha pena de não me conseguir enviar um pastel de nata quando eu gritava por um mas que me ia enviar uma encomenda, com muita pena ainda não nos conhecemos pessoalmente mas sei que o tempo se vai encarregar disso.

A R. tem 3 filhos, a M., a F. e o 2dto.

O 2dto é filho das suas mãos e do seu coração.

Recebi a encomenda, uma caixa linda, pequenina, mas tão grande e cheia de perfeição e de amor.



Bolero para Baby M. - Tapa Fraldas para Baby V.


Obrigada querida R. pelo 1º matchi matchi de mana e mano que ADOREI! <3

13/10/2014

Peso na consciência quando...

.... digo que são chatos, finjo que estou a dormir, faço de conta que não os oiços, vou comer às escondidas, digo que a televisão está avariada, que ainda é de noite, vão para a cama mais cedo do que é suposto, vou buscá-los mais tarde à escola, descarrego neles as minhas frustrações e más disposições, digo NÃO, estou sem paciência, deixo a fralda mais um bocadinho, os obrigo a comer, faço ameaças, reviro os olhos, grito, não lhes dou atenção porque estou agarrada ao telemóvel,  digo Xiuuuuuuu, falo sem modos, penso em ir de fim de semana sem eles, digo que não presta e faz mal à barriga, não dou os medicamentos a horas certas, me esqueço, os contrario, obrigo a fazer o que não querem, minto, não brinco com eles porque estou no sofá, os deixo chorar, lhe digo que ele é bebé quando ela também o é, saímos e dizemos que vamos ao pão e voltamos já, prometo e não cumpro, digo que não dói e dói, o jantar é papa para despachar, vão para a cama sem tomar banho, a chucha cai e não a lavo, falho, não os beijo mais, não os abraço mais, não lhes digo mais vezes que os amo, não sou a mãe que gostaria. 

10/10/2014

Hoje...

ele veio almoçar comigo:

- Há quase um ano que não vinhamos aqui almoçar, a última vez que almoçamos juntos neste sitio descobrimos que estavas grávida do baby V. 

- Sim, foi no dia 16 de Outubro de 2013. 

Não estavamos assim sozinhos um bocadinho há algum tempo, e a conversa do almoço...a conversa do almoço foram eles, sempre eles e os planos que temos com eles e para eles. 

Lembrei-me e ri-me enquanto pensava nas palavras desta minha querida amiga aqui, é tão isto e visto numa perspectiva tão divertida e bem disposta. 

É verdade, somos todas feitas pela mesma forma, todas diferentes mas todas iguais.