18/02/2015

Não quero esquecer...

Não quero nunca esquecer o motivo pelo qual este blogue nasceu.

Disseram-me e ainda me dizem várias vezes quando se fala na gravidez do V. que vou esquecer tudo. 

Não vou esquecer, não quero esquecer!

Como é que se esquece uma gravidez? Como é que apago da cabeça os meses intensos desta gravidez? 

Não se esquece, não se apaga!

Recebi um email de uma Mãe que passou também ela uma gravidez difícil, dizia-me que após dias e dias a ler o meu blogue teve finalmente coragem para me enviar um email, entre várias coisas que partilha comigo, diz-me ainda que: “Nos últimos dias ter lido o seu blog e perceber como superou tudo sem entrar em depressão ajudou-me e tem ajudado a ser mais forte e não dar espaço sequer para se instalar uma depressão.”

É tão bom, é tão grande saber que afinal este blogue chega a alguém, saber que serve (não quero dizer inspiração porque pode ser presunçoso de mais) de conforto para quem se julga sozinha. 

Este era o meu grande medo na altura, achar-me sozinha, não ter resposta a algumas questões, parecia-me que as gravidezes acamada não existiam ou eram como um assunto tabu, eu prefiro acreditar que são gravidezes raras. 

Recordo-me de nos primeiros tempos ainda antes do blogue existir ter recorrido a um grupo de Mães do Facebook, de ter colocado várias questões sobre gravidezes acamadas e ter obtido uma única resposta, se já tinha vontade duvidas não restaram para fazer este blogue nascer. 

E se duvidas por vezes existem, depois de receber emails como este concluo que este blogue vale a pena.

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